De olho, decisão de parlamentares em relação à escolha de novos membros da Mesa Diretora, pode mudar o rumo da política do DF
Por Kleber Karpov
Para quem ignora a importância da Câmara Legislativa do DF (CLDF), 15 de dezembro deve ser um marco para a população do DF. Afinal é nessa Casa que deve ser definidas questões importantes para se nortear os rumos políticos da cidade e o future sombrio ou nebuloso dos habitantes da capital do país.
A salvação da Saúde apresentada pelo governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), as Organizações Sociais (OSs), dependem de aprovação de Projeto de Lei do Executivo para autorizar a operação no DF.
Rollemberg precisa ainda de autorização do Legislativo para alocar no orçamento, cerca de R$ 144 milhões a serem investidos nas OSs para custeá-las ao longo de 2017. Isso, sem contar possíveis termos aditivos, caso o GDF consiga votar tal aprovação na CLDF.
Também no dia 15, os parlamentares devem escolher os membros da nova Mesa Diretora da CLDF. Na disputa, mais que parlamentares, estão os interesses do governo x população. Afinal, Rollemberg, desde o início do mandato, tenta imprimir um processo de gestão dúbio, ineficiente que, no âmbito da CLDF, se resume a arrochar a população do DF com aumento de impostos.
Sobre o prisma político, também será dia de definição. Dia de decisão se a base do governo, muitos nas amarras do governo, seja por cotas de cargos, por estar ‘impedido’ de fazer aquilo para que foi eleito, por estar preso às amarras do Executivo, alguns por práticas dúbias.
O dia em que os parlamentares vão dizer que não conseguem viver sem as graças da Seção 2 do Diário Oficial do DF e as benesses oferecidas pelo governador. Ou se devem gritar, em alto e bom tom que a independência do Legislativo é maior que as migalhas oferecidas pelo Executivo. Se a Casa vai repetir a dose de subserviência da gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT).
Hoje, dia 15 de dezembro, a CLDF vai antecipar à população do DF e aos eleitores, a herança do DF para os próximos dois anos, sob a ótica da gestão pública, de Rollemberg. Mais que isso a data deve ser um marco para a definição do índice de renovação da Câmara Legislativa em 2018. Se a Casa deve ultrapassar exponencialmente, os 50%, a exemplo de 2014, ou se vai aumentar, exponencialmente, em 2018. Afinal, o povo está de olho.