Celina Leão e Bispo Renato visitaram central de atendimento e regulação do SAMU e devem apresentar requerimento as secretarias de Saúde, Planejamento e Bombeiros sobre contrato e direcionamento de servidores para substituir profissionais especializados de empresa que suspendeu atendimento
Por Kleber Karpov
Na sexta-feira (21/Set) os deputados distritais, Celina Leão (PP) e Bispo Renato (PR) estiveram na central de atendimento e regulação do serviço de telefonia 192 do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). Os parlamentares foram fiscalizar a denúncia de direcionamento de bombeiros militares e técnicos em enfermagem para substituir os Técnicos Auxiliares de Regulação Médica (TARMS) e Radio Operadores após empresa suspender atendimento, por falta de pagamento do GDF.
Ao Política Distrital (PD), Celina Leão, observou que o GDF terceirizou o atendimento de triagem do serviço 192 do SAMU e, ao deixar de efetuar o pagamento à Vanerven Solution, empresa que prestava o serviço, o governo desfalcou os atendimentos de emergência e de traumas, ao retirar profissionais da tripulação das ambulâncias e do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) para fazer atendimento de telefonia e regulação do serviço.
“É um absurdo que esse governo continue a ter serviços suspensos por falta de pagamento a fornecedores. O senhor Rodrigo Rollemberg tirou os técnicos em Enfermagem das ambulâncias e também os bombeiros que deveriam estar atendendo a população lá na rua, nos locais de acidentes e nos atendimentos de emergência do SAMU, para fazer triagem telefônica.”, disse Celina Leão.
Celina Leão informou ainda que, durante a fiscalização, chegou a solicitar informações à Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), porém, a pasta simplesmente ignorou tal pedido. A parlamentar disse ainda que deve apresentar um requerimento para a SES-DF, assim como a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG) e o Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) para, dado as devidas responsabilidades, se pronunciem sobre o contrato com a Vanerven Solution, e os direcionamentos de servidores da SES-DF e do CBMDF para cobrir o atendimento da empresa.
“Nós acionamos a Secretaria de Saúde, pois a denúncia mais grave era que houve desfalque das equipes de ambulâncias do SAMU, a Secretaria não nos retornou, então eu vou apresentar um requerimento para que a Secretaria de Saúde, de Planejamento e os Bombeiros venham se explicar sobre esse mais esse episódio mal explicado da gestão desse governo que desde o início do governo adotou a prática de dar calote nos fornecedores e também nos servidores públicos.”, disparou Celina Leão.
Na mesma linha Bispo Renato Andrade também foi categórico ao afirmar que “quer explicações do GDF do motivo de ter retirado os técnicos em enfermagem das ambulâncias e trouxe para atendimento administrativos, que não é a função deles.”, disse.
Atendimento à população
Ainda de acordo com Celina Leão, o GDF tenta minimizar o problema ao afirmar que o serviço continua a ser prestado a população. Mas, na visão da distrital. “Quando o governador afirma que a população não foi prejudicada ele mente, pois embora o serviço do 192 continue a funcionar, os profissionais que saíram das ambulâncias do SAMU e dos Bombeiros estão desfalcando essas equipes lá na outra ponta. Então a população continua a ser prejudicada sim e queremos que o governo se posicione sobre isso.”, explicou
Entenda o caso
A partir da 0h de sexta-feira (21/Set), a empresa Vanerven Solution, suspendeu o atendimento especializado do serviço 192 do SAMU. O caso ocorreu após ganhar na Justiça, o direito de suspender os atendimentos, uma vez que o GDF está há mais de 90 dias, sem efetuar o pagamento pelos serviços prestados.
Após PD, do desvio de técnicos em enfermagem ‘excedentes’ das ambulâncias do SAMU, que passaram a operar com apenas um profissional, para fazer atendimento do 192, a SEPLAG chegou a acionar o blog, para informar contestar o calote dado pelo GDF, além de afirmar que o serviço passou a ser atendido por bombeiros militares.
A pasta alegou ainda que a culpa no atraso do pagamento da empresa, por apresentar faturas com “divergências em relação aos valores apresentados no contrato e na prestação de serviço”, e que por esse motivo “solicitou o detalhamento mencionado”.
Porém, PD demonstrou que o GDF entrou, e teve negado, um Pedido de Tutela de Urgência, junto ao Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), para tentar obrigar a empresa a continuar a prestar o serviço, mesmo com mais de três meses de pagamentos em atraso.
Confira a decisão do TJDFT na íntegra:
TJDFT indefere pedido do GD… by on Scribd