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07 set 2024 21:00


Membros de crime organizado invadem emissora de TV no Equador

País enfrenta onda de violência armada e explosões praticadas por organização criminosa com registro de invasões e sequestros

Por Kleber Karpov

Na tarde de terça-feira (9/Jan), membros do crime organizado no Equador protagonizaram diversas ações no país. Invasão de emissora de TV TC Television, durante apresentação, avo vivo, de telejornal, na cidade de Guayaquil; invasão de universidade; sequestros de pessoas e explosões estão entre a show de horror à população equatoriana. A insurreição dos criminosos marcam uma disputa de forças com o governo, um dia após o presidente Daniel Noboa ter declarado estado de emergência.

Em imagens que circulam na internet é possível ver homens fortemente armados com pistolas, espingardas, metralhadoras e até granadas caseiras a agredir equipes da produção de telejornal, enquanto os forçavam a permanecerem no chão e exigir a retirada da polícia das imediações. Horas depois, imagens da polícia apontam que o estúdio foi tomado pela polícia e os bandidos se renderam.

Informações da polícia equatoriana apontam ainda o sequestro de ao menos quatro policiais, além de explosões relatadas, em várias cidades.

As explosões, que incluem uma ponte para pedestres em Quito, capital do Equador, não fizeram vítimas. Mas, o levante preocupa as autoridades, em especial a da capital que solicitou reforços ao que classificou ser uma crise “sem precedentes”.

Estado de emergência

Na segunda-feira (8/Jan), Noboa declarou o estado de emergência por período de 60 dias. A iniciativa impõe toque de recolher noturno aos cidadãos, em todo país, permite o patrulhamento realizado por militares, o que inclui a realização de prisões. Medida essa, adotada como resposta ao desaparecimento da prisão, de Adolfo Macias, líder da gangue Los Choneros, onde cumpria pena de 34 anos.

Violência

O Equador se depara há meses com episódios de violência no país, a começar com o assassinato, semanas antes de processo eletivo, do candidato à presidência do país, Fernando Villavicencio, em 9 de agosto.

No entanto, Noboa atribuiu os casos recentes de violência no país, ao anúncio recente de construção de um novo presídio de alta segurança, para acomodação de presos de alta periculosidade, em especial, de lideres de gangues. O presidente equatoriano, sustenta que não pretende negociar com “terroristas”.

Itamaraty

No Brasil, por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que acompanha “com preocupação” o ocorrido no Equador, além de manifestar solidariedade ao governo e ao povo equatoriano.

“O governo brasileiro acompanha com preocupação e condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador. Manifesta também solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques. O governo segue atento, em particular, à situação dos cidadãos brasileiros naquele país. O plantão consular do Itamaraty pode ser contatado no número +55 61 98260-0610 (inclusive WhatsApp).”

 

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