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07 set 2024 21:02


Distritais repercutem greve de auxiliares e técnicos de enfermagem

Profissionais iniciam paralisação a partir de segunda-feira (17)

Por Daniela Reis

Auxiliares e técnicos de enfermagem do DF anunciaram que vão entrar em greve para pressionar por melhorias nas condições de trabalho e remuneração. Após tentativa de negociação com o Governo do Distrito Federal (GDF), a categoria sinalizou paralisação a partir da próxima segunda-feira (17). O caso foi discutido hoje (11) no plenário da CLDF.

Os profissionais reuniram-se nesta terça-feira (11) com a Secretaria de Economia e a Casa Civil do GDF. As pastas avaliaram o impacto das reivindicações para o orçamento e recusaram as propostas sindicais. Com a negativa do governo, os profissionais optaram pela paralisação, mas comprometeram-se a respeitar a Lei da Greve (nº 7.783), que dispõe sobre as condições para usufruir o direito.

“O técnico de enfermagem, que é a maior categoria da saúde, sustenta nas costas o sistema de saúde. Temos 9 mil profissionais atuando nas mais de 500 unidades do Distrito Federal. Esses profissionais, que estão cansados já, porque passaram por uma pandemia e uma epidemia de dengue, não tiveram reconhecimento de nenhum governo”, reclamou o deputado Jorge Vianna (PSD).

Os trabalhadores alegam que o GDF descumpre o piso nacional estabelecido pela Lei nº 14.434, de 2022. A norma define que a remuneração dos servidores da área deve corresponder a um percentural do piso dos enfermeiros: 70%, no caso dos técnicos, e 50%, no caso dos auxiliares.

“Tenho certeza que os técnicos de enfermagem não querem fazer uma greve, mas, infelizmente, desde 2014 nunca foram olhados como uma categoria em separado. Existe um tratamento que privilegia uma categoria em detrimento da outra”, argumentou Dayse Amarilio (PSB). A parlamentar ainda denunciou que profissionais desses cargos demoram 25 anos para chegar ao topo da carreira, enquanto outros trabalhadores da saúde levam 18 anos até o ápice. “O que está ruim vai se tornar uma verdadeira zona de guerra. Precisamos ter respeito com essa categoria e conversar”, pleiteou Amarilio.

Greve em outras categorias

Ainda na sessão ordinária, o Pastor Daniel de Castro (PP) contou que outros profissionais consideram parar, como os servidores da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF). “Um dia de paralisação da PGDF representa menos R$ 7 milhões de arrecadação, sendo que a recomposição da carreira requer R$ 3 milhões ao ano”, pontuou.

Já o distrital Chico Vigilante (PT) apresentou o caso dos vigilantes das unidades básicas de saúde, que trabalham como terceirizados da empresa Ipanema. Eles entraram em greve hoje com denúncias de que a empresa atrasa pagamento e, há 11 meses, não deposita o fundo de garantia dos trabalhadores. Além disso, o parlamentar relata que nos últimos dois anos a companhia recebe o valor do uniforme para os vigilantes, mesmo sem efetuar a compra. “Ou a secretaria de Saúde do DF rompe o contrato com essa empresa picareta ou vou dizer nessa tribuna que o governo está promovendo a picaretagem”, afirmou.

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