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Incursões e ataques de Israel em território libanês deixa milhares de mortos e refugiados

Cerca de 2.300 pessoas se refugiaram ao longo dos dois últimos meses, com intensificação do conflito de Israel sob pretexto de combater grupo Hezbollah. Mais de 25% da população libanesa está sob 'ordem de retirada'

Por Kleber Karpov

A escalada do conflito e das incursões de Israel sobre o Líbano sob o pretexto de eliminar a ameaça do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, está a causar devastação, em especial, no sul do país. Apenas duas duas últimas, segundo informações das Organização das Nações Unidas (ONU), as ações dos israelenses resultaram em ordens de retiradas de civis de área equivalente a 25% do território libanês. Percentual esse que representa o deslocamento de mais de 100 mil refugiados.

Em entrevista em Genebra, na terça-feira (15/Out) o diretor de refugiados da ONU para o Oriente Médio, Rema Jamous Imseis, demonstrou preocupação ao comentar as ordens de evacuação de Israel. “As pessoas estão fugindo com quase nada”, disse ao ponderar sobre as recentes evacuações que abrangem, residentes ao sul do Líbano, nos vilarejos do Vale de Bekaa.

Estimativas

Estimativas apontam que, somente naquela região,  1,2 milhão de pessoas foram obrigadas a se refugiarem em outras regiões, desde o final de setembro com a intensificação dos ataques israelenses no sul do Líbano. Algo que o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, em entrevista à agência de notícias francesa AFP (15/Out), sinalizou apenas que pretende ampliar, para entre 4,5 mil para 7 mim e 11 mil militares naquela região.

Porém, no que depender do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, as operações militares devem ser ampliadas, para além de bombardeios e ataques aéreas, inclusive com incursões terrestres que podem chegar em Beirute, capital do Líbano.

Na segunda-feira (14/Out), por meio da rede social X (Antigo Twitter), Netanyahu mandou um ‘recado’ curto e grosso “get out of harm’s way!”, em tradução livre, sai da linha de fogo, ou da zona de perigo. Isto para reforçar a deixar claro que segue com a intenção de Israel continuar os ataques ao território libanês, ocasião em que prometeu bombardear posições do Hezbollah “sem piedade”.

Refugiados

Dado a ofensiva de Netanyahu e a complacência de Najib Mikati, até o início de outubro, segundo dados da ONU, mais de 100 mil pessoas deixaram o país, seja pela fronteira com a Síria ou em repatriações realizadas pela comunidade internacional.

Número esse, considerado tímido, dado as previsões de Najib Mikati, a estimativa é que 1 milhão de pessoas se deslocaram no país em decorrência dos ataques de Israel. Algo considerado a “maior onda de deslocações da sua história”.

Escalada

A movimentação expansionista de Netanyahu foi criticada por sheik Tamim bin Hamad Al-Thani, autoridade máxima do Catar a atuar juntamente aos Estados Unidos e Egito, para tentar por fim ao conflito de Israel, na Faixa de Gaza, no Estado Palestino.

“Israel escolheu deliberadamente expandir a agressão para implementar esquemas pré-planejados em outros locais, como a Cisjordânia e o Líbano, porque vê que o escopo para isso está disponível”, disse , ao referenciar o conflito na Faixa de Gaza. Al-Thani

Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894
Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);

Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.