90% dos pacientes do Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal (ICTDF) são do SUS

Audiência Pública na Câmara Legislativa do DF debateu a importância do Instituto para a rede de saúde



Por meio de convênios com poder público, o Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal (ICTDF) já tem 90% dos seus procedimentos realizados em prol de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O dado foi apresentado nesta quinta-feira (25) durante audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizada para debater a importância do ICTDF para a rede de saúde.

“O Instituto, hoje, trabalha para o SUS”, resumiu o deputado distrital Jorge Viana. Nos últimos cinco anos, a instituição respondeu por 85% das cirurgias cardíacas, 90% dos procedimentos de cateterismo adulto e 74% das angioplastias no DF. Na pediatria, foram 92% das cirurgias cardíacas e 100% do cateterismo pediátrico.

O secretário de Saúde do DF, general Manoel Pafiadache, elogiou a produção do ICTDF. “É importante que a sociedade de Brasília tenha conhecimento da ferramenta que ela tem disponível”, afirmou. O gestor também ressaltou que, além de ser tradicionalmente reconhecido pela área cardiológica adulta, o Instituto também se destaca na área pediátrica e de transplantes.

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Conhecido pela antiga sigla ICDF, em 2021, o agora ICTDF mudou de nome para ressaltar seu papel nesse segmento. Nos últimos cinco anos, aconteceram ali 100% dos transplantes de coração e de transplantes de fígado no DF, além de mais da metade dos transplantes de rins, 98% dos transplantes de medula óssea e 22% dos de córnea.

A superintendente da unidade, Valda César, ressaltou a importância do poder público para que a instituição sem fins lucrativos alcançasse esses resultados. “Hoje nós temos insumos. Hoje o hospital não tem nenhuma cirurgia cancelada”, contou. Já o gerente geral de assistência, André Watanabe, ressaltou a busca pela qualidade do atendimento. “Nós queremos oferecer à nossa população um atendimento gratuito de melhor qualidade, um tratamento de ponta”, afirmou.

Histórias de superação

Presente na audiência pública, a paciente Elaine Gomes, de 44 anos, contou a história dos seus últimos 18 anos de vida, uma batalha contra problemas cardíacos. Transplantada há seis anos, ela fez um agradecimento emocionado à equipe do ICTDF. “Eu pretendo ultrapassar os 10 anos, quem sabe os 20, os 30 anos”, disse. “O Instituto é a minha segunda casa, lá eu me sinto segura, eu me sinto acolhida”.

Já a estudante Tainá Silva, de 16 anos, lembrou do dia da cirurgia de transplante de rim como o dia mais importante da vida dela. A adolescente, que chegou a ter apenas 14% da função renal e precisava passar por três sessões semanais de hemodiálise, agora planeja estudar enfermagem e lutar karatê.

“Sou extremamente grata por tudo o que fizeram e ainda fazem por mim”, contou. Tainá também lembrou a importância de ter o tratamento no Distrito Federal. Havia a possibilidade de ela precisar ir para Belo Horizonte ou Porto Alegre, não apenas para fazer a cirurgia, mas para realizar todo o acompanhamento antes e depois do transplante.



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FONTESecretaria de Saúde
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