O hall da maternidade do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), segunda unidade de saúde pública do Governo do Distrito Federal (GDF), virou palco nessa quarta-feira, dia 23, para acolher palestra organizada pelo Banco de Leite Materno (BLM) da instituição.
Ações presenciais com os pacientes integram a série de atividades organizadas neste mês pelo BLH em alusão ao Agosto Dourado, campanha cuja cor coloca o leite materno como alimento “ouro líquido” para simbolizar o incentivo à amamentação. Tudo isso previsto na Lei 13.435/2.017.
Prêmio Nobel
Nessa situação de alto risco, estão gestantes afetadas por comorbidades, que são associações de duas ou de várias doenças simultâneas em um mesmo paciente, a exemplo de diabetes, eclampsia e risco de parto prematuro.
Como manda a lei do Agosto Dourado, a área da palestra foi decorada com ornamentações confeccionadas na cor dourada para receber a palestrante e as gestantes. Obra dos profissionais da Maternidade do bloco materno-infantil, a exemplo da chefe de Enfermagem, Glauciane Marinho, e da terapeuta ocupacional Kenia Daniel,
Para as gestantes, a médica Lorena Oliveira, pediatra do BLH, prestou orientações a respeito do material do BLM, cujo Hospital é uma das 15 unidades de saúde administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF).
Depois disso, a pediatra do HRSM participou também da Webpalestra sobre o Agosto Dourado, reforçando às gestantes conectadas pela internet que o leite materno concentra todos os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê. Entre eles, destacam-se antimicrobianos, anti-inflamatórios, enzimas digestivas, fator bífido, imunoglobulinas, anticorpos e vários tipos de hormônios.
“Se alguém tivesse inventado o leite materno, certamente ele ganharia o Prêmio Nobel”, exaltou a chefe do BLM, a enfermeira Maria Helena Farias.
Sem mamadeiras e chupetas
No material do BLH, há recomendações práticas para assegurar a amamentação do recém-nascido e impedir procedimentos desaconselhados.
Uma delas diz que se deve evitar práticas prejudiciais para a amamentação, a exemplo da separação da mãe e seu recém-nascido, uso precoce de fórmula infantil ou de mamadeiras e chupetas. Adverte que, logo após o parto, deve-se orientar a mãe a realizar ordenha de estímulo, se o bebê não puder mamar, para estimular a liberação de prolactina, hormônio que permite a boa produção de leite.
O colo também entrou como item importante do assunto, conforme destacado no material produzido pelo BLM: “O colo é um ambiente acolhedor que proporciona ao bebê sensação de segurança, calor e proximidade com a mãe ou o cuidador. Esse contato físico promove a regulação do sistema nervoso do bebê, ajudando-o a lidar com o estresse e as mudanças ambientais”.