28.5 C
Brasília
02 abr 2025 14:55

Diagnóstico precoce do câncer de próstata possibilita melhores resultados no tratamento

Ministério da Saúde ressalta, no entanto, que rastreamento da doença não é indicado para homens assintomáticos. Estudos apontam que prática pode trazer mais riscos do que benefícios à saúde

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer nesse público. Para o triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71,7 mil novos casos por ano. Com a proximidade do mês mundial de combate ao câncer de próstata, Novembro Azul, o Ministério da Saúde reforça que o diagnóstico precoce possibilita melhores resultados no tratamento. Em Nota Técnica, a pasta ressalta, ainda, que o rastreamento – exames de rotina – não é indicado para pessoas assintomáticas.

Homens que apresentam alguma alteração suspeita, como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina, devem procurar uma unidade de saúde. A investigação do câncer de próstata se dá pelo exame de toque retal e pelo exame Antígeno Prostático Específico, o PSA. Para confirmar a doença, também é preciso realizar biópsia, indicada caso seja encontrada alguma alteração nos exames anteriores.

A orientação de não investigar homens assintomáticos se fundamenta em estudos que mostraram que o sobretratamento — tratamento de cânceres que não iriam evoluir a ponto de ameaçar a vida — pode gerar importante impacto na qualidade de vida dos homens, apresentando, como consequência, disfunção sexual e urinária. Uma das principais pesquisas sobre câncer de próstata, o estudo ‘European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer’ (ERSPC), revelou que o rastreamento pode reduzir a mortalidade causada pela doença, no entanto, eleva as taxas de sobrediagnóstico. Isso significa que, em alguns casos, as pessoas são diagnosticadas com câncer, mas a doença não se desenvolveria clinicamente e não causaria danos ao longo da vida.

A doença detectada no rastreamento pode levar à necessidade de novos exames para a investigação diagnóstica, podendo gerar necessidade de biópsia e complicações como dor, sangramento e infecções, além de ansiedade e estresse no indivíduo e na família, com pouco benefício aos pacientes. Para o Inca, os benefícios de realizar esses exames são incertos e é mais provável que a pessoa tenha o diagnóstico de um câncer que não vai evoluir, gerando exposição desnecessária aos riscos do tratamento.

Para o coordenador da saúde do homem, Celmário Brandão, a estratégia mais adequada com relação ao tema é uma abordagem mais integral da saúde do homem. “É importante incentivar essa população a procurar a unidade de saúde para acompanhamento, independentemente da idade. O esforço do Ministério da Saúde é para o fortalecimento das ações educativas e de comunicação em saúde direcionadas à população masculina sobre autocuidado e prevenção dos cânceres mais prevalentes, além de outras doenças crônicas”, explicou.

Fatores de risco para o câncer de próstata

Entre os principais fatores de risco para o câncer de próstata estão a idade (incidência e mortalidade aumentam significativamente após os 60 anos), o histórico familiar (pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos) e a alimentação (sobrepeso e obesidade). A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca ações e mudanças de hábitos que ajudam a reduzir os fatores de risco, como controle do tabaco, prevenção ao uso do álcool, prática de atividade física, alimentação saudável, combate ao sedentarismo e à obesidade, dentre outros.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece informação e atendimento com equipes multiprofissionais aptas a realizarem diagnóstico e acompanhamento desta população em todos os ciclos da vida. Além de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia. O Ministério da Saúde acrescenta que as informações não substituem uma consulta médica. É fundamental que a população procure a ajuda profissional no serviço de saúde.

 

Depositphotos Parceiro Política Distrital

Brasília comemora 28 anos de respeito ao pedestre na faixa

No dia 1º de abril de 2025, Brasília comemora...

Processo Seletivo: Saúde divulga resultado final para médicos neonatologistas

Por Humberto Leite A Secretaria de Saúde do Distrito Federal...

Governo vê casos isolados de sarampo, mas reforça vacina no Rio

Por Rafael Cardoso O Ministério da Saúde entende que os...

PGR pede prisão de Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro que fugiu para Argentina

Por André Richter O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu...

Distrito Federal vai pagar R$ 300 milhões em precatórios do TJDFT

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) iniciou, nesta segunda-feira...

Destaques

Brasília comemora 28 anos de respeito ao pedestre na faixa

No dia 1º de abril de 2025, Brasília comemora...

Processo Seletivo: Saúde divulga resultado final para médicos neonatologistas

Por Humberto Leite A Secretaria de Saúde do Distrito Federal...

Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF celebra 16 anos como referência nacional em transplantes de órgãos

Por Larissa Lustoza O Instituto de Cardiologia e Transplantes do...

Governo vê casos isolados de sarampo, mas reforça vacina no Rio

Por Rafael Cardoso O Ministério da Saúde entende que os...