Por Ian Ferraz e Thaís Miranda
Com investimento de R$ 2,8 milhões, o Governo do Distrito Federal (GDF) entregou nesta quinta-feira (23) um novo Cruzeiro Center. O local recebeu novos meios-fios, calçadas com acessibilidade, mobiliário urbano e novo piso para conforto dos 180 lojistas e dos clientes que aguardavam pela reforma há 30 anos.
O Cruzeiro Center ganhou 15 paraciclos, mais de 75 metros de corrimão, 2.871 metros de calçadas, 264 m² de calçadas e 808 mudas de plantas. O espaço agora conta com acessibilidade ao ganhar cerca de 900 unidades de piso tátil. O estacionamento também passou por readequação, sendo que o asfalto foi trocado por bloquetes.
Todo esse trabalho foi feito pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Para chegar ao estágio de hoje, com a reforma completa, o centro comercial passou pelas etapas de demolição, recomposição de base de contrapiso, manutenção das instalações de drenagem e esgoto, construção de faixa de pedestre elevada, reforma do estacionamento e limpeza final. Além do novo piso tipo fulget – também conhecido como granito lavado –, que é o mesmo utilizado em obras como a da W3 Sul e do Setor de Rádio e TV Sul, o local ganhou itens de acessibilidade, entre eles rampas e corrimões, e o paisagismo foi remodelado.
Durante a entrega da obra, o governador Ibaneis Rocha autorizou o início de outra: a recuperação asfáltica da Avenida das Mangueiras. Neste serviço serão investidos mais de R$ 4 milhões para restaurar a pavimentação de um trecho de aproximadamente 2,5 km. Sobre o Cruzeiro Center, o chefe do Executivo destacou o trabalho de reurbanização em vários pontos de grande circulação nas regiões administrativas.
“Temos cuidado das cidades. Fizemos isso na W3 Sul, estamos fazendo no Setor Comercial Sul, fizemos na Avenida Paranoá, agora entregamos o Cruzeiro Center e depois vamos partir para fazer no Núcleo Bandeirante, ali na Avenida Principal. Estamos fazendo também na Avenida Hélio Prates. Nós fazemos questão de cuidar da cidade, renovando, porque, no que pese o DF ser novo, ele precisa de renovação e os habitantes agradecem esse cuidado”, destacou Ibaneis Rocha.
Sobre o asfaltamento na principal via que liga o Cruzeiro Novo ao Velho, o governador pontuou que esse serviço será levado a outras ruas da cidade. “Outro pedido da comunidade é que a gente cuide dos asfaltos da região, vamos começar na Avenida das Mangueiras e depois a gente segue melhorando essa questão do asfalto no Cruzeiro porque a comunidade merece”, acrescentou.
Já o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite, lembrou que os lojistas foram ouvidos para discutir o projeto da reforma e colaborar com o que seria feito no local. Além dos bancos e pergolados, foram plantadas 80 árvores nas intermediações do centro comercial. “Essa obra tem o espírito desse governo e da Novacap. Não basta só construir, você tem que revitalizar, conservar. Brasília é um patrimônio que temos que fazer que permaneça sempre novo. O Cruzeiro Center estava muito deteriorado e atendemos os comerciantes com essa reforma”, pontuou.
Para o administrador do Cruzeiro, Gustavo Aires, a reforma representa um cuidado com o principal ponto comercial da cidade. “Conseguimos entregar um ambiente melhor, como cruzeirense me sinto honrado de entregar um Cruzeiro Center melhor. Aqui é um multicomércio a céu aberto, um centro de convivência que tem desde mecânica a utilidades do lar, restaurantes e drogaria. É um shopping ao ar livre”, lembrou.
Comunidade aprova
Quem frequenta o local aprovou o serviço. Com olhares atentos às mudanças no ambiente, a massoterapeuta Giani Queiroga, 44 anos, disse que o mais importante das obras foi a acessibilidade para os frequentadores do centro comercial. “A situação era bastante precária para cadeirantes. As calçadas eram perigosas. A acessibilidade melhorou bastante, agora nós podemos transitar com segurança”, pontuou. “O Cruzeiro é uma região maravilhosa. Só tenho a agradecer”, finalizou.
A aposentada Solange Cavalcante, 72 anos, mora no Cruzeiro há aproximadamente 30 anos. Ela é uma das moradoras que aguardava há décadas pela intervenção. “Antes, estava tudo quebrado, estragado e detonado. Era perigoso para as pessoas idosas que caminham. Agora está mais acessível e seguro. Demorou, mas veio”, afirmou.