O protesto aconteceu em frente ao Palácio do Buriti. No ato, os presentes prestaram homenagem a um colega morto enquanto trabalhava em Tocantins
Um grupo de servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) se reuniu em um protesto em frente ao Palácio do Buriti por volta das 9h30 desta segunda feira (30/5). Eles reivindicam, principalmente, mais segurança para os agentes de trânsito. Os manifestantes decidiram fazer o ato por conta do assassinato do servidor Agenilson Pereira Jorge, morto enquanto trabalhava no município de Araguaína (TO), na última sexta feira (27/5).
Em clima de luto, manifestantes prestaram homenagem com momentos de sirenes ligadas e orações. O ato durou cerca de 20 minutos. Para o presidente dos Sindicatos dos Servidores dos Detrans (Sindetran) Fábio Medeiros, o grupo quer chamar a atenção do GDF para as condições de segurança dos atuais servidores.
“Primeiramente esse ato é em luto por conta do falecimento de nosso colega. Também relembramos às autoridades que os agentes de trânsito em todo Brasil precisam de equipamentos de para se proteger. Não queremos esses equipamentos para atacar, e sim para nos defender”, destacou Fabio Medeiros.
Um agente que não quis se identificar falou sobre os perigos da profissão. “Eu trabalhava à noite no Paranoá quando um carro passou a quase 190 km/h. Depois, ficamos sabendo que o veículo era produto de roubo e que, mais cedo, tinha sido utilizado em outros crimes no Itapoã. Se tivéssemos feito a abordagem, estaríamos de ‘peito aberto’, sem nenhum colete nem armamento. Corremos risco. Não sabemos quem estamos abordando”, afirmou.
Um dos diretores do Sindetran, Nelson Kazuo lembrou que os equipamentos não são entregues para os funcionários “por questões burocráticas”. “Cerca de 200 tasers estão prontos para o uso em nosso cofre. Mas ainda não foram disponibilizados”, explicou. Kazuo também relatou os problemas com os coletes. “Estão vencidos. Fizemos a licitação ano passado, e a empresa vencedora apresentou um colete de baixa qualidade, que não atende as normas nacionais”, denunciou.
O movimento contou com 23 agentes de trânsito e 14 viaturas. O ato não paralisou trânsito e foi pacífico.
Com informações de Charles Jacobina.
Fonte: Correio Braziliense