Por Thaís Cavalcante
A parceria entre as Secretarias de Saúde (SES-DF) e da Família e Juventude (SEFJ-DF) vai trazer 600 jovens do Programa Jovem Candango para atuarem em serviços administrativos dentro das tendas de hidratação espalhadas pelo Distrito Federal. Na segunda-feira (19), os adolescentes participaram de capacitação para conhecer as atividades a serem desenvolvidas. A expectativa é que o trabalho inicie ainda nesta semana, a partir de quarta (21). Nova força de trabalho visa auxiliar os profissionais de saúde que já atuam na linha de frente.
Os jovens farão somente trabalhos administrativos e não terão contato com qualquer serviço designado aos trabalhadores de saúde. Segundo o diretor de Estratégia de Saúde da Família (ESF) da SES-DF, Sandro Rodrigues, as escalas de trabalhos dos adolescentes já estão sendo montadas. “A medida em que o processo for organizado, os jovens serão acionados pela SEFJ-DF. Em seguida, eles serão designados para trabalhar no local mais próximo de suas moradias”, detalha.
O término dos serviços prestados pelos adolescentes está vinculado ao fim do decreto de emergência no âmbito da saúde no DF, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de 25 de janeiro deste ano.
A atuação dos jovens nas tendas de hidratação da SES-DF será considerada de relevante interesse público, sendo registrado em carteira de trabalho, conforme institui a Portaria nº 131, de 09 de fevereiro de 2024. De acordo com o gestor da SEFJ-DF, Rodrigo Delmasso, a ideia é ampliar a parceria entre as secretarias, ofertando mais vagas àqueles que queiram atuar na área da saúde. “Agradecemos a SES-DF pela oportunidade dada a esses jovens, principalmente para desafogar o trabalho desempenhado pelos profissionais de saúde”, afirma.
Jovem Candango: sinônimo de aprendizagem
O Jovem Candango é um programa de aprendizagem do Governo do Distrito Federal (GDF). Os jovens trabalham quatro dias durante a semana e um dia é destinado ao curso de formação, feito nas sedes das instituições parceiras participantes.
Os integrantes do programa têm a carteira de trabalho assinada, bolsa de R$ 619,99 (meio salário mínimo), auxílio alimentação de R$ 220, vale-transporte de R$ 173, seguro de vida, décimo terceiro e férias.
Como forma de adquirir mais experiência, a estudante Ivete Alves, 18, participa do programa. “Espero que eu consiga atender a demanda que for passada”, conta, ansiosa. “Será uma boa chance para desenvolver a atuação no atendimento ao público”, avalia.
Também é o que espera Haley Clark, estudante de 15 anos. “Quero crescer profissionalmente e ajudar ao máximo no que for destinado a mim dentro da tenda.”