O Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu nesta segunda-feira (17) um grupo de trabalho com a finalidade de analisar e aprovar a Política Distrital de Segurança Viária (PDSV). A nova política deverá substituir o atual Programa Brasília Vida Segura, promovendo a adequação das ações ao Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e criando instrumentos de prevenção de segurança viária na capital. A medida foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
O grupo deverá apresentar o relatório final com as ações desenvolvidas e propostas para aprovação em até 60 dias. Entre as ações estão a organização de audiência pública e a apresentação de propostas de metas para o Pnatrans.
A criação do grupo de trabalho está inserida no âmbito do eixo Cidade Mais Segura do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), que consiste no desenvolvimento de ações voltadas à construção de espaços seguros. Com a nova política, o DF passará a dar tratamento especial à temática, abordando de forma coordenada os instrumentos, os princípios, as diretrizes e os objetivos da segurança viária no Distrito Federal.
De acordo com dados do Departamento de Trânsito (Detran-DF), houve uma redução de 41% nos sinistros de trânsito fatais no DF, nos últimos dez anos, de 127 ocorrências em 2013 para 75 registros de 2023. No comparativo do último ano, a queda ficou em 10%. Ano passado foram 242 casos. O ano de 2022 encerrou com 262, portanto, 20 vidas preservadas. O índice considera casos de atropelamentos de pedestres, colisões, capotamentos, tombamentos, choques com objeto fixo, quedas, atropelamentos de animais, entre outros.
Para o vice-presidente do Conselho de Trânsito do Distrito Federal (Contrandife), Arthur Magalhães, a nova política deverá ter, entre as diretrizes, o investimento na fiscalização de trânsito por meio do uso de equipamentos e tecnologias que otimizem a atuação preventiva e a moderação do tráfego do DF. “Estamos estudando a criação do Sistema Integrado de Sinistros de Trânsito, que permitirá melhor articulação entre os órgãos competentes no mapeamento das causas e melhor assertividade nas ações de prevenção”, afirmou.
“A segurança viária está intimamente atrelada à mobilidade urbana, de modo que os princípios basilares desta, como a priorização dos modais ativos e do transporte público, culminando com a redução do uso de veículos motorizados individuais e a integração entre as diversas modalidades de deslocamentos são elementos essenciais quando se articulam estratégias para a redução dos sinistros de trânsito”, complementou o vice-presidente do Contrandife.