Por Bruno Laganá
O Hospital Cidade do Sol (HSol), sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), tem conseguido diminuir o tempo médio de internação dos pacientes na unidade para 7 dias. A média leva em consideração apenas os últimos 3 meses, de maio a julho. “Se considerarmos todo o período desde que assumimos a gestão, em fevereiro de 2024, a média cai para menos de 5 dias”, lembra o gerente do HSol, Flávio Amorim.
De fevereiro a abril o HSol era exclusivo para atender pacientes que precisavam de hidratação e medicação por conta da epidemia de dengue. A média do tempo de internação era de dois ou três dias, com a otimização da resposta ao tratamento adequado e individualizado.
Com a redução no número de casos de dengue, o HSol passou a receber pacientes de outras especificidades. “Ampliamos o atendimento aos usuários com outras doenças como pneumonia bacteriana, gastroenterite, infecções urinárias, entre outros agravos e, como resultado, recebemos pacientes com necessidades de cuidados mais complexos. Em suma, houve um aumento no tempo de internação comparado ao período da epidemia”, explica Flávio Amorim.
O perfil do paciente internado no HSol é, em sua maioria, de idosos. A faixa etária entre 60 e 79 anos soma quase 30% das internações e aqueles acima de 80 anos são 10%. “O tempo de internação de um paciente idoso é naturalmente maior por se tratarem de pessoas com o organismo mais debilitado”, explica a gerente da equipe multidisciplinar do hospital, Camila Frois.
Mesmo assim, com o esforço da equipe de gestão e aproveitando de uma experiência humanizada, o HSol tem conseguido manter o tempo de permanência abaixo da meta exigida no contrato de gestão. “Isso faz com que a rotatividade dos leitos aconteça de forma célere, promovendo leito para novos paciente, praticando o cuidado centralizado ao paciente e garantindo a alta segura , explica Flávio.
Eficiência e foco na experiência do paciente
O segredo para conseguir manter o tempo de internação abaixo da meta é uma gestão com o foco voltado para a experiência do paciente. Além de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, o Hospital Cidade do Sol conta com uma equipe multidisciplinar completa com profissionais de fonoaudiologia, nutrição, psicologia, assistentes sociais, farmácia clínica e fisioterapeutas.
Com uma comunicação assertiva entre todos os setores e a equipe assistencial, resolutividade nos pareceres e agilidade na solicitação de exames de imagem e laboratoriais, com escala médica completa 24 horas de plantão, a fim de promover e garantir a assistência integral ao paciente e familiares.
Desde o princípio da operação foi instituído o “Round Beira Leitos” que é uma rodada de conversa realizada pelos profissionais da equipe multidisciplinar onde é discutido o caso clínico junto ao paciente e seus familiares. “Nessa conversa são estabelecidas metas a serem atingidas pela equipe com o intuito de garantir o desfecho clínico positivo para o paciente”, explica Flávio.
A satisfação e o agradecimento dos pacientes é o senso de missão cumprida
Jaqueline Feliciano da Silva, 44 anos, recebeu alta do HSol na terça-feira (6). Recuperada de uma crise de pressão alta e infecção urinária, Jaqueline elogiou o atendimento recebido na Unidade. “Aqui é um hospital muito bom. Estou saindo com o encaminhamento para o cardiologista e o pedido do exame”.
Já Elvercina de Oliveira Barbosa, 45 anos, foi internada no HSol no dia 31 de julho e recebeu alta no dia 6 de agosto. “Nunca tive um atendimento como esse aqui do Hospital”, declara. Cozinheira profissional, ela foi internada após ser diagnosticada com trombose e infecção urinária.
“Desde que eu cheguei eu percebi que o tratamento aqui era diferenciado. Todos se apresentavam pelo nome e falavam comigo olhando nos meus olhos. Isso é maravilhoso. A organização é diferente de qualquer outro hospital pelo qual já passei. Minha mãe disse que estou em um hotel de cinco estrelas”, finaliza.