Iniciado nesta terça-feira (3) na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, o VII Encontro da Rede Nacional de Consultórios na Rua e de Rua evidencia a importância da política pública e o papel das secretarias de Saúde no atendimento a populações em situação de vulnerabilidade.
“O nosso Sistema Único de Saúde (SUS) promove a equidade, garantindo que todo ser humano receba assistência e respeito”, afirmou a coordenadora de Atenção Primária da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Sandra França, durante a abertura do evento.
O DF, conforme detalhou a coordenadora, conta atualmente com sete equipes de consultório na rua, focadas no atendimento à população em situação de rua e formadas por servidores de diversas categorias (médicos, enfermeiros, odontólogos, técnicos em enfermagem, assistente social). Ao longo de 2023, os grupos realizaram mais de 21 mil procedimentos. Esse número foi possível graças à expansão do serviço: até 2021, eram três equipes nas ruas. Também houve investimentos em veículos e uniformes, além de insumos e outros materiais necessários à assistência.
Em todo o Brasil, são cerca de 300 equipes nas ruas, segundo a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio. Ela defendeu, ainda, a participação intersetorial para garantir acesso a toda a população. “É só a partir da articulação que conseguimos nos olhar, ver quais são as nossas complementaridades e como nos fortalecemos”, avaliou.
Já o idealizador da Rede Nacional de Consultório de Rua e na Rua, Daniel de Souza, destacou a importância da garantia de direitos e da integração entre o SUS e o Sistema Único de Assistência Social (Suas). “Ninguém precisa reinventar a roda, e sim cumpri-la”, resumiu. Para isso, sublinhou a diferença da capacitação no trabalho de quem atua na área.