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23 nov 2024 07:05


GDF inaugura comitê de proteção e acolhimento às mulheres vítimas de violência na Estrutural

Trata-se do quarto espaço dedicado ao atendimento de mulheres inaugurado pelo governo desde a aprovação da Lei nº 7.266/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha

Por Victor Fuzeira

O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta segunda-feira (16), o Comitê de Proteção à Mulher da Estrutural. É o quarto espaço entregue pelo Executivo inteiramente dedicado ao atendimento, proteção e acolhimento de vítimas em situação de violência doméstica e familiar. A unidade funcionará no interior da administração regional da cidade.

Presente no evento, a vice-governadora Celina Leão lembrou que a criação dos comitês foi aprovada pela Lei nº 7.266/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. O principal objetivo é levar proteção e promover os direitos das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Presente no evento, a vice-governadora Celina Leão lembrou que a criação dos comitês foi aprovada pela Lei nº 7.266/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

Nos locais, elas contarão com um atendimento acolhedor e direcionado para quem teve direitos ameaçados ou violados. “É onde a mulher vai encontrar acolhimento. Muitas delas não querem, em um primeiro momento, recorrer à delegacia. Elas buscam, antes de tudo, entender o que está acontecendo e é nesse lugar que elas encontrarão equipes especializadas para auxiliarem no que for preciso”, detalhou a gestora.

Além da Estrutural, as cidades de Itapoã, Ceilândia e Lago Norte já possuem espaços de acolhimento às mulheres em funcionamento. A meta é concluir o ano com sete unidades em operação, sendo as próximas nas regiões de Águas Claras, Santa Maria e Sobradinho. “O GDF se comprometeu a ampliar o número de comitês, que seriam, inicialmente, sete espaços. Houve pedidos e existe uma demanda espontânea das próprias regiões administrativas por unidades”, prosseguiu a vice-governadora.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destacou a importância de ampliar o acesso das mulheres vítimas de violência aos canais de informação do governo. “A informação liberta a mulher, a encoraja a procurar ajuda, a buscar apoio. Aqui, nos comitês, dependendo da sua necessidade, são vários caminhos e encaminhamentos. O objetivo é que elas se sintam acolhidas e saibam que o Estado está presente.”

Partiu da Administração Regional da cidade a ideia de implementar o serviço nas dependências da sede, a fim de centralizar o atendimento em um dos principais equipamentos públicos da RA.

“A cidade não é grande, mas às vezes as pessoas têm suas demandas e precisam sair daqui para procurar atendimentos em outras RAs. Para a população, cedemos o espaço para a chegada desses serviços direcionados especialmente para as mulheres. Por ser uma região carente, a demanda de atendimentos é grande e o acolhimento é muito necessário”, destacou o administrador regional Alceu Prestes.

Marinete dos Santos, técnica em reciclagem: “[O Comitê de Proteção à Mulher da Estrutural] É uma ótima solução. Aqui temos muitas pessoas carentes, muitas mães solteiras e elas precisavam dessa atenção”
A dona de casa Lara Ferreira, 49 anos, comemora a chegada da iniciativa à Estrutural: “Estou achando fantástico. É um espaço para sermos acolhidas em caso de violência doméstica. Sou mulher e sei que posso ser vítima”. “É uma ótima solução. Aqui temos muitas pessoas carentes, muitas mães solteiras e elas precisavam dessa atenção”, completou a técnica em reciclagem Marinete dos Santos, 48.

Panorama da violência

Na inauguração do comitê do Lago Norte, em 23 de agosto, o GDF lançou a pesquisa “O Panorama da Violência Contra a Mulher no DF”. O levantamento será realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPE-DF), para mapear o perfil sociodemográfico das vítimas de violência doméstica na capital para embasar ações e políticas públicas que garantam a vida e a segurança das mulheres. Na ocasião, serão entrevistadas 5 mil pessoas em todas as regiões do DF.

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