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20 set 2024 18:35


DF deve contar com mil quilômetros de ciclovias até 2026 e 300 novas bikes elétricas compartilhadas

Meta foi anunciada nesta sexta-feira (20) pelo GDF durante lançamento do programa Vai de Bike, com investimento de aproximadamente R$ 123 milhões

Por Victor Fuzeira

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta sexta-feira (20), o lançamento do programa Vai de Bike. O projeto prevê que a capital federal atinja, até 2026, a expressiva marca de mil quilômetros de ciclovias modernas e acessíveis, tornando o DF a unidade da Federação detentora da maior malha cicloviária do país. Serão investidos quase R$ 123 milhões na construção de 325 km de novos trechos e na manutenção das vias que necessitam de reforma.

O anúncio do programa foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a entrega do novo Pistão Sul. Com extensão de 10,8 km, essa importante via foi inteiramente recuperada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), beneficiando diretamente 60 mil motoristas que trafegam pela região diariamente.

“Hoje, lançamos um programa que é muito importante para a cidade, um programa de mobilidade integrada das ciclovias, o Vai de Bike. Esse projeto, certamente, até o final do governo, vai garantir mais de mil quilômetros de ciclovias integradas aqui no DF, beneficiando quem utiliza a bicicleta como esporte, mas com a esperança de, no futuro, a gente ter esse modal do ciclismo como forma de transporte para a população”, defendeu o governador.

“Nosso objetivo é tornar a ciclovia um instrumento de conexão entre as cidades e outros meios de transporte”

Zeno Gonçalves
secretário de Transporte e Mobilidade

Outra novidade é a criação de um sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas, com a disponibilização de 300 bikes distribuídas em pontos estratégicos. O objetivo é facilitar a locomoção de quem deseja trocar o carro ou transporte público por uma opção mais sustentável e econômica.

Programa de governo

O Vai de Bike é um esforço conjunto de vários órgãos do GDF, com a supervisão da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e a coordenação da Secretaria de Obras (SO).

“Esse programa foi idealizado pela Semob e vai ser implementado pela nossa secretaria. É uma infraestrutura necessária para que a gente dê um pouco mais de segurança para quem usa as bicicletas, criando ciclovias em todo o DF. Temos várias obras já em andamento para ampliação dessa malha cicloviária e já estamos fazendo algumas interligações”, detalhou o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro.

R$ 123 milhões

Valor investido no programa Vai de Bike

Para o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, a ciclomobilidade tem ganhado força nos últimos anos e o programa Vai de Bike chega para intensificar a transformação de Brasília em uma cidade mais acessível para ciclistas.

“Nosso objetivo é tornar a ciclovia um instrumento de conexão entre as cidades e outros meios de transporte. Teremos a instalação de paraciclos, ampliação das bicicletas compartilhadas, instalação de pontos para bicicletas elétricas também, ou seja, um programa bem abrangente. Isso mostra, mais uma vez, que o GDF não pensa só nos carros, mas tem, também, um olhar cuidadoso para aqueles que se transportam por outros meios, inclusive as bikes”, explicou o titular da Semob.

Um exemplo do crescimento da prática no DF é o servidor público Manoel Vieira Silva, 60 anos. Ele é um dos brasilienses que utilizam a bike como meio exclusivo de transporte. “Moro em Samambaia, e uso a bicicleta para ir de casa ao trabalho. Ter mais ciclovias ajuda muito a nossa segurança, porque os motoristas simplesmente não nos respeitam no trânsito. Então, ter uma faixa para a gente se deslocar sem precisar se arriscar entre os carros é excelente”.

O servidor público Manoel Vieira Silva usa a bicicleta como meio exclusivo de transporte. “Ter mais ciclovias ajuda muito a nossa segurança, porque os motoristas simplesmente não nos respeitam no trânsito”

Fases do programa

O Vai de Bike está estruturado em três fases de planejamento. A primeira fase engloba as obras que estão sendo executadas pelo DER e os projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh), cujas obras serão executadas pela Secretaria de Obras.

As obras do DER somam 55,1 km de ciclovias, com os trechos do Pistão Sul (8,8 km), da Hélio Prates (6 km), da ESPM (3,6 km) e da Epig (3,6), ligação Guará/Bandeirante (1,8 km), DF-140 (14 km), DF-220 no Lago Oeste (15,5 km) e ligação Esaf/Ponto JK (1,8 km).

Os projetos da Seduh e da Secretaria de Obras são trechos de conexão de ciclovias, que somam 7,3 km, com investimentos de R$ 2,9 milhões. Os trechos projetados ficam próximo ao UniCeub (0,5 km), na ligação Taguatinga/Samambaia (1,3 km), ligação W3 Sul/Norte (2,2 km), ciclovia S3 L1 Sul (1,3 km), ligação UnB/L2/L3 Norte (1,8 km) e na W5, próximo ao Colégio Militar (0,2 km).

Os investimentos da segunda fase são de R$ 82,4 milhões, com 25 projetos da Semob e do DER que somam 153,2 km. Estão previstas obras em trechos da Epia Sul e Norte, além das regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Plano Piloto, Sudoeste, Octogonal, Planaltina, Sobradinho, Guará, SIA, Varjão, Lago Sul, Lago Norte, Brazlândia e São Sebastião.

A terceira fase do programa prevê projetos que somam 109,8 km de ciclovias com investimentos de R$ 37,4 milhões. As obras serão executadas em vias urbanas e rodovias nas regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo II, Setor Militar Urbano, Lago Sul e SCIA, além de trechos da EPNB e Epia.

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