Por Michelle Horovits
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) já aplicou mais de 49 mil vacinas antirrábicas em cães e gatos desde janeiro e até o segundo sábado (21) da Campanha Contra a Raiva Animal. “Essa campanha visa manter o Distrito Federal livre da raiva. Por isso, é tão importante que a população leve seus pets para a vacinação anual”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos Martins. A raiva, uma doença que pode ser transmitida de animais infectados para humanos, tem um índice de letalidade próximo de 100%.
A campanha continua até o dia 28 de setembro, com 166 locais de atendimentos, como escolas, pet shops, condomínios, praças, administrações regionais, feiras e unidades de saúde. A lista completa com endereços e horários está disponível no site da Secretaria. Esse serviço é gratuito, e podem ser vacinados animais com idade a partir de três meses, exceto fêmeas prenhas ou em fase de amamentação.
Morador de São Sebastião e estudante de Arquitetura, Alexandre Gonçalves, levou seu cão Ted, um caramelo de 9 anos, para ser vacinado em um dos nove postos de imunização da região. “Sempre trago ele para vacinar e cuido bem da alimentação. Ele é nosso mascote, não dá pra descuidar”, relata.
Leishmaniose
O chefe da Vigilância Ambiental de São Sebastião, Milton Lopes Coutinho, ressaltou que a região possui muitos assentamentos, o que demanda atenção especial aos animais de pequeno e grande porte. “É uma área endêmica para leishmaniose, por isso adotamos cuidados extras para prevenir a doença”.
Entre janeiro e julho deste ano, 583 cães foram testados para leishmaniose visceral pela Zoonoses, e 80 apresentaram resultado positivo. A leishmaniose é uma doença infecciosa, não contagiosa, que afeta cães, gatos, humanos e animais silvestres, transmitida pela picada do mosquito-palha. O mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como troncos, folhas e frutas.
Coutinho destaca a importância da prevenção: “É fundamental que as pessoas mantenham seus quintais limpos, evitem trilhas e exposição em áreas com o mosquito, especialmente no final da tarde e início da noite, e façam uso de repelentes”. As principais medidas de prevenção incluem o controle dos vetores, limpeza de locais com cães, proteção individual, diagnóstico precoce, tratamento adequado, manejo ambiental e educação em saúde.