A proteção realizada às mulheres do Distrito Federal por meio de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs), e por medidas administrativas – como Viva Flor e Dispositivo de Proteção à Pessoa (DMPP) – conquistou o primeiro lugar em umas das categorias da quarta edição do Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A premiação foi instituída em 2020 em homenagem à magistrada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), assassinada pelo ex-marido.
O prêmio tem por finalidade contemplar experiência, atividade, ação, projeto, programa, produção científica ou trabalho acadêmico que contribua para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.
“Receber esse prêmio do Conselho Nacional de Justiça é uma conquista que nos orgulha e reverbera para todo o Governo do Distrito Federal, que não tem medido esforços para proteção de nossas mulheres. Temos trabalhado em parceria com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que nos inscreveu nesse concurso, e com outros segmentos de governo e da sociedade civil, para transformar o DF em um lugar cada vez melhor para se nascer mulher. Este é o nosso objetivo, queremos ser exemplo para todo o país, e temos total apoio do governador Ibaneis Rocha e da vice-governadora Celina Leão para fortalecer esses programas”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.
Avelar ressalta que a premiação é também uma forma de divulgar as ações para servir de inspiração para outras unidades da Federação. “Já recebemos delegações de outros estados e países para conhecer nossa metodologia inovadora, mas a premiação nos coloca como vitrine para que mais gestores possam adotá-la. Além disso, nos dá ainda mais ânimo para buscarmos alternativas para fortalecermos as ações de enfrentamento à violência doméstica”.
Categorias
Os programas de proteção coordenados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) ー o Viva Flor e o DPP ー foram vencedores na categoria Tribunais. Além dessa categoria, o CNJ premia as categorias magistrados, atores do Sistema de Justiça Criminal (Ministério Público, Defensoria Pública), advogados e servidores, organizações não governamentais e produção acadêmica.
A comissão avaliadora analisou a efetividade – concreta ou potencial – do projeto, programa ou ação e da possibilidade da multiplicação pelas unidades da Federação e internacionalmente, bem como se o projeto apresenta fundamento na legislação nacional e verificação de conformidade positiva em análise de constitucionalidade e convencionalidade e atenção às recomendações da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW).
Tecnologia
A Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas da SSP-DF realiza o monitoramento de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs). O total inclui vítimas e agressores monitorados por meio de DPP, tornozeleira eletrônica, no caso dos agressores, e, ainda, o Viva Flor, tanto os dispositivos entregues em delegacias, como aqueles em que são determinados pelo Judiciário.
“Os dispositivos de monitoramento aumentam a segurança e a proteção das mulheres com medida protetiva de urgência expedida pelo Judiciário. Nosso trabalho é constante, 24 horas por dia, sete dias por semana”, destaca o secretário Executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury. “A denúncia é fundamental para que as vítimas tenham acesso aos diversos mecanismos de proteção e apoio”.
Transparência
Para mais transparência no enfrentamento à violência contra a mulher, a SSP-DF disponibiliza dados sobre todos os feminicídios ocorridos no DF, por meio de painel interativo. De forma dinâmica e interativa, o painel mostra as análises e estudos da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP. Os dados são atualizados sistematicamente e poderão ser acessados por meio do site da secretaria.
“O principal objetivo dessa tecnologia é fornecer dados que deem um panorama cada vez mais completo sobre as características que envolvem este tipo de crime, contribuindo, de forma relevante, na elaboração de políticas cada vez mais assertivas e direcionadas ao enfrentamento do feminicídio”, finaliza Avelar.