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22 nov 2024 01:00


Saúde do DF tem 7,7 mil queixas registradas no primeiro semestre

Demora no atendimento e falta de estrutura estão entre as reclamações mais comuns entre os pacientes da rede pública do Distrito Federal

João Gabriel Amador

Balanço da Secretaria de Saúde do Distrito Federal sobre as demandas da população registradas pela pasta revela um dado que traduz bem o sentimento de quem busca atendimento na rede pública: as queixas lideram, com muita folga, os temas das comunicações entre governo e sociedade. Dados divulgados pelas ouvidorias da própria secretaria e a Geral do GDF mostram que, a cada sete críticas, a área da Saúde recebe apenas um elogio dos brasilienses.

Nos primeiros meses do ano, o setor recebeu 7.718 reclamações, 46,68% do total recebido pelo governo. Apenas 1.406 elogios foram registrados pelos pacientes e se referiam, em sua maioria, à atitude de servidores e não ao sistema. Além disso, a população apresentou 6.528 pedidos à Secretaria de Saúde.

Basta visitar os principais hospitais públicos do DF para confirmar que o placar de 7 x 1 divulgado pela pasta corresponde à realidade. Nesta sexta-feira (29/7), o Metrópoles esteve em quatro unidades — Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Regional de Ceilândia (HRC) — para verificar a impressão que os pacientes têm da rede.

Em cada local, quatro pessoas foram ouvidas. Dos 16 entrevistados, 11 reclamaram da demora enfrentada. “Estou há três horas esperando um ortopedista para avaliar a situação do meu pé”, relatou Rosireno Brito de Souza (foto), 32 anos, que aguardava na fila do pronto-socorro do HRC.

Quando conseguem atendimento, alguns pacientes ainda têm de enfrentar profissionais com pouco preparo. Quatro dos entrevistados afirmaram ter sido mal atendidos. “Esperamos um tempão na fila e o médico nem sequer olhava na nossa cara”, disse, nervoso, o professor Hamilton Firmino da Silva, que havia levado a mãe, de 84 anos, para uma consulta cardiológica no HBDF.

A infraestrutura é outro alvo de críticas. A copeira Fátima Moreira, 47 anos, esteve no HBDF, mas saiu sem ser atendida, pois uma das máquinas usadas para realizar exames estava desativada.

Fonte: Metrópoles

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