Por Kleber Karpov
O Sindicato dos Trabalhadores de Entidades Sindicais do Distrito Federal (Sintes-DF) deve compor um Comitê de Negociação para representar denúncia e pedir mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), para tentar resolver o que classifica de “situação caótica” protagonizada por parte do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde-DF). A referência se dá aos mais de nove anos a depender de acionar da Justiça para garantir que os funcionários ativos, ou demitidos, recebam pagamentos. Por outro lado, servidores acusam a entidade de realizar contratações de filhos de diretores e “de funcionários de confiança”, além de montar uma “nova sede administrativa” e até fazer festa de fim de ano.
A mensagem foi encaminhada pelo Sintes-DF a funcionários do SindSaúde-DF, em decorrência dos reiterados atrasos de salários e de outros benefícios, a exemplo do 13° Salário, ainda que provenientes de acordos na Justiça. Informações essas repassadas ao PDNews, sob sigilo de identidade, por medo de retaliação.
Práticas administrativas com ‘sede seletiva’
Revoltada, a fonte, explicou que a banda ‘nobre’ do SindSaúde-DF participou de uma festa de amigo oculto, realizada pelo sindicato com um seleto grupo de funcionários “de confiança”. Evento esse realizado, na “nova sede administrativa” situada na casa 8 de uma quadra da QI 29 no Lago Sul. Enquanto os ‘plebeus’, por sua vez, considerada uma espécie de ‘banda podre’, críticos à gestão da entidade, tiveram dia normal de expediente de trabalho na sede da entidade no Conic, situado no Setor de Diversões Sul.
Em tempo, o endereço da “nova sede administrativa” do SindSaúde-DF é mantido a sete chaves, onde somente a cúpula da diretoria do Sindicato e, alguns funcionários de confiança da TI, imprensa e jurídico sabem o endereço e frequentam o local.
“Eles ficam escondidos lá para que os sindicalizados não possam ir cobrar os precatórios e também porque eles vão querer saber com a Marli [presidente interina do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues] consegue manter escritório no novo endereço, se o sindicato não tem dinheiro.”, explicou a fonte de PDNews.
Contratações atípicas
Ainda de acordo com a fonte, se soma a tais práticas administrativas, em contraste a falta de recursos para pagamentos de proventos dos funcionários, a contratação de novos colaboradores. Boa parte desses, filhos de diretores ou de ‘funcionários de confiança’ da entidade.
segundo fonte que reclama estar sem receber o pelo segundo ano consecutivo, um cenário atípico pois, enquanto o SindSaúde-DF está com diversos funcionários a receber pagamentos atrasados, parcelados e sem reajustes a anos, a entidade sindical inflou a folha com a contratação
“Eu queria saber como que o Sindicato que vive com nossos salários e 13° Salários atrasados, contratam vários filhos de diretores e de funcionários de confiança do Sindicato. Eu espero que o Ministério Público [do Trabalho] cobre essas informações e peça a relação atual dos funcionários do Sindicato pois vão ver que está cheio de filhos do diretor A, do diretor B, do advogado funcionário de confiança e nós estamos aqui doentes, sofrendo assédio e com salários atrasados.”, desabafou outra fonte de PDNews. também sob sigilo de identidade.
Com a palavra, a direção do SindSaúde-DF.
Kleber Karpov, Fenaj: 10379-DF – IFJ: BR17894Mestrando em Comunicação Política (Universidade Católica Portuguesa/Lisboa, Portugal); Pós-Graduando em MBA Executivo em Neuromarketing (Unyleya); Pós-Graduado em Auditoria e Gestão de Serviços de Saúde (Unicesp); Extensão em Ciências Políticas por Veduca/Universidade de São Paulo (USP);Ex-secretário Municipal de Comunicação de Santo Antônio do Descoberto(GO); Foi assessor de imprensa no Senado Federal, Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.