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20 dez 2024 14:07


Mais de 91% dos empregos formais criados entre janeiro de 2023 e setembro de 2024 foram para inscritos no CadÚnico

Estudo divulgado pela FGV também aponta que 71% das vagas foram para beneficiários do Bolsa Família nesse mesmo período

O mercado de trabalho formal está abrindo mais portas para a população de baixa renda. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que das mais de 3,4 milhões de contratações realizadas entre janeiro de 2023 e setembro deste ano 91,49% foram para inscritos do CadÚnico (o equivalente a cerca de 3,1 milhões) e 71,11% ( ou aproximadamente 2,4 milhões) para beneficiários do Bolsa Família.

“É uma notícia boa para o Brasil, que segue crescendo. Estamos falando de 91% ( das vagas ocupadas pelo público do CadÚnico), buscando trabalho e ocupando oportunidades de emprego no país. Quem está indo atrás e buscando trabalhar são os beneficiários do Bolsa Família e os inscritos no Cadastro Único”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “São pessoas que estão saindo da pobreza pela renda e é uma renda fruto do trabalho. O plano de qualificação profissional focado nesse público está dando bons resultados”, completou.

Confira o estudo completo.

Superação da pobreza

A pesquisa da FGV também salienta números positivos no recorte entre janeiro e setembro de 2024. Nesse período, o saldo de admissões para toda a economia brasileira foi de 1.984.759 empregos. Desse montante, os inscritos no CadÚnico ocuparam aproximadamente 1,5 milhão de vagas, representando 75,4% do total. Já os beneficiários do Bolsa Família somaram mais de 1 milhão de admissões, correspondendo a 54,4% da geração de vagas.

Além da capacitação, as empresas entrevistadas destacaram no estudo a importância da Regra de Proteção para ampliar a inclusão produtiva de indivíduos em situação de vulnerabilidade e superação da pobreza. Criada em 2023, a medida prevê que famílias que tiverem um aumento da renda mensal acima de R$218 por pessoa da família sigam acompanhadas e recebendo benefícios. Para isso, esse aumento de renda não pode ultrapassar meio salário mínimo por indivíduo da família. Os beneficiários que ingressaram na Regra de Proteção passam a receber 50% do valor regular do Bolsa Família, por um período de até 24 meses.

“Estamos trabalhando para ampliar as oportunidades de emprego e renda para toda a população, com foco na qualificação profissional, na geração de renda e na inclusão social”, disse o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. “A Regra de Proteção é fundamental porque assegura que as famílias possam aumentar a sua renda formal mensal, a sua renda per capita familiar e não percam o benefício”, acrescentou.

Setor e porte de empresas

As empresas de médio e grande foram responsáveis por mais de 1 milhão de postos. Dentre eles, 828 mil contratações foram oriundas de inscritos no CadÚnico e 583 mil do Bolsa Família. Já as microempresas foram responsáveis por 564 mil vagas, das quais 411 mil foram referentes ao CadÚnico e 304 mil ao Bolsa Família.

A pesquisa indica ainda que o setor de serviços, com destaque para atividades relacionadas à saúde, educação, transporte e serviços de escritório, foi o principal responsável pela geração de empregos, com mais de 1 milhão de postos. Entre os inscritos no CadÚnico, contribuiu com um saldo de 710 mil empregos. Para os beneficiários do Bolsa Família o saldo atingiu 483 mil.

O estudo analisou o perfil de contratações no mercado de trabalho formal brasileiro, considerando empresas registradas no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com ênfase nos trabalhadores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e beneficiários do Bolsa Família.

Programas sociais

 

 

SourceGov.br

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