Por Evely Leão
Desde o início de 2016 que o Sindate orienta a categoria a não fazer hora extra, justamente por conta da incerteza do pagamento por parte do governo. Com o atraso no pagamento das horas extras há mais de seis meses, o Sindate convocou a categoria para manifestar em frente a Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF), nesta quarta-feira (31/05), e cobrar um cronograma de pagamento por parte dos gestores.
Servidores de diversas categorias compareceram à manifestação convocada pelo Sindate, todos esperando uma resposta devido aos atrasos no pagamento. Após os servidores terem subido ao trio que estava posicionado em frente à SES-DF, para fazer uso da palavra, o vice-presidente do Sindate, Jorge Viana, recebeu a informação de que o Secretário-adjunto de Gestão em Saúde, Dr. Ismael Alexandrino iria receber a comissão juntamente com o sindicato, que fez a intermediação.
Em reunião, a comissão, que foi composta por um enfermeiro, um servidor do Samu, um Auxiliar Operacional de Serviços Diretos (AOSD) e técnicos em enfermagem representados pela diretoria do Sindate, expuseram a situação de todas as categorias e reclamaram da falta de comprometimento da Secretaria. “Se a SES-DF sabia que estava com dificuldades no pagamento das horas extras, desde setembro do ano passado, porque autorizou os gestores a fazerem as escalas de extras”, questionou os servidores.
A direção do Sindate pressionou para que a Secretaria de Saúde apresentasse um cronograma de pagamento dessas horas atrasadas, uma vez que não é justo a categoria ser pressionada pela chefia a fazer hora extra, por existirem setores em que as escalas só fecham com hora extra, e na hora do pagamento ouvir da gestão que não há dinheiro para pagar. A direção informou ao secretário e seus assessores, que caso esse pagamento não fosse efetuado, o movimento iria intensificar e os servidores iriam devolver todas as horas extras
O secretário-adjunto pediu um prazo para tentar conseguir um cronograma de pagamento, e para dar uma resposta quanto ao pagamento das horas extras referente ao mês de dezembro. A comissão concordou em dar esse prazo somente até segunda-feira (05/06), no qual irão se reunir novamente com o secretário-adjunto para uma resposta.
Apesar do Sindate não recomendar que os auxiliares e técnicos façam hora extra, ele não pode fechar os olhos para os direitos dos servidores que estão sendo lesados, afinal de conta, o servidor trabalhou e tem o direito de receber.
Fonte: Sindate-DF