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26 nov 2024 09:53


Ministério da Saúde quer incentivar doação regular de sangue por meio de campanha

Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. A Campanha tem como objetivo reafirmar a importância do ato e incentivar novos voluntários

Por Rebeca Valois

Reforçar a importância da doação, sensibilizar novos voluntários e fidelizar doadores existentes são os objetivos da Campanha Nacional de Doação de Sangue de 2017. Com o Slogan “Doe Sangue regularmente e ajude a quem precisa”, a campanha foi lançada nesta quarta-feira (14), Dia Mundial do Doador de Sangue. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou da solenidade realizada no Hemocentro de Brasília (FHB).

“Uma das prioridades do Ministério da Saúde é manter os estoques de sangue abastecidos. Uma doação pode beneficiar até quatro pessoas”, destacou o ministro, nesta quarta-feira, durante sua participação no evento. “Faremos uma ampla campanha para estimular a doação de sangue. O objetivo é mobilizar a sociedade e ampliar o número de doadores no Brasil”, acrescentou Ricardo Barros.

No Brasil, cerca de 3,5 milhões de pessoas realizam transfusão de sangue. Ao todo, existem no país 27 hemocentros coordenadores e 500 serviços de coleta. Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde tem trabalhado para aumentar a taxa.

“O sangue é insubstituível. Ainda não existe nenhum tipo de medicamento que possa substituir o sangue. E quem precisa, só consegue graças à generosidade de quem doa. O importante é doar regularmente, pois com o frio e a seca, a tendência é diminuir os estoques”, explicou o coordenador da área de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag.

A expectativa para este ano é reforçar a importância dessa atitude. Para isso, a campanha, que começa a ser veiculada a partir desta quarta-feira (14), contará com jingle, vídeo e peças para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos estabelecimentos de saúde de todo país.

“A campanha publicitária é de grande relevância, pois é preciso lembrar que sempre há uma vida para salvar. Nestes 27 anos que frequento o hemocentro tenho sido recebido com sorriso. O acolhimento é muito gratificante para quem doa um minutinho do seu tempo para salvar alguém”, disse o doador brasiliense Hélio Fonseca, que acumula mais de cem doações no hemocentro.

Baixa de estoques

No mês de junho, o Ministério da Saúde vem identificando uma modificação da rotina dos doadores de sangue, em decorrência das proximidades com as férias escolares, dos feriados de São João e mudança de estação. Tudo isso tem ocasionado uma baixa nos estoques de sangue no Brasil. A campanha visa uma mudança desse cenário, incentivado e fortalecendo a doação de sangue no país.

O perfil dos doadores de sangue se mantém estável ao longo dos últimos anos. Do total de doadores, 60% são do sexo masculino e 40% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária a partir dos 29 anos, com 58% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 16 a 29 anos representam 42%.

Condições para doar

No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independente de parentesco com o doador. É importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão.

Referência

O Brasil é referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África. Desde 2009, a experiência brasileira é utilizada em cooperações técnicas com mais de 10 países para o fortalecimento e desenvolvimento da promoção da doação voluntária de sangue, qualificação da atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes. Honduras, El Salvador e República Dominicana são exemplos de parceiros em projetos para o fortalecimento da doação voluntária de sangue.

Em 2016, o Ministério da Saúde, investiu mais de R$ 1 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (hemorrede). Os recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional do SUS para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes. Os investimentos incluem ainda a qualificação dos programas de atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes.

Fonte: Agência Saúde

 

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