Profissionais de saúde improvisam com recipientes inadequados mas se queixam do perigo de contaminação
Por Kleber Karpov
Na sexta-feira (21/Jul), Política Distrital (PD) recebeu denúncia da falta de descarpack – recipiente para descarte de seringas e agulhas usadas – em diversas unidades de Saúde do DF. Preocupados, os servidores reclamam do risco de sofrerem acidente de trabalho, por falta do coletor. Entre hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de diversas regionais, a exemplo de Samambaia, Brazlândia, Santa Maria estão há dias, à base do improviso, sem o insumo.
PD conversou com o presidente do Sindicato dos Técnicos em Laboratório (SINTRALAB-DF), André Ângelo, responsável pela denúncia que alertou para o perigo de acidentes de trabalho e contaminação por material biológico, por falta do descarpack.
“Isso é um perigo porque não dá para jogar seringa e agulha junto. Tivemos o relato de uma servidora de laboratório que sofreu acidente por falta do coletor e ter que descartar seringa e agulha em local inadequado. O descarpack é usado não só no laboratório mas em toda assistência, mas no laboratório coletamos sangue o tempo todo e o risco da gente se machucar, se lesionar e se contaminar com material biológico é muito grande. Isso é gravíssimo e precisa ser resolvido com urgência.”, disse.
A outra parte
PD questionou a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) sobre a falta de descarpack e, por meio da Assessoria de Comunicação (ASCOM), informou apenas que a UPA Samambaia providenciou a reposição do coletor na unidade. “A gerência da UPA de Samambaia informa que há falta de descarpack na unidade. A gerência já providenciou a compra do insumo pelo PDPAS que será entregue na próxima terça-feira (25).”
Memes
A exemplo da falta de capote nos hospitais, onde os servidores tiveram que improvisar com sacos plásticos para garantir o atendimento de pacientes, ou de papel higiênico, substituído por gaze, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o descarpacks também viraram mêmes nas redes sociais.
Dessa vez a ‘brincadeira’ apontou o uso de caixas de papelão para descarte de seringas e agulhas no Hospital Regional de Samambaia (HRSAM).