A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e os representantes sindicais nas bases discutiram juntos, na última quinta, 28, as estratégias de mobilização em prol da recomposição das perdas inflacionárias (garantindo a concessão da paridade) após a aprovação, pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), da Reforma da Previdência, que uniu os fundos do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev).
Essa foi a condição de Rodrigo Rollemberg (PSB) para que pudesse cumprir a promessa de envio da mensagem garantindo a manutenção da paridade legal e histórica entre os vencimentos da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do DF (PCDF).
À mesa, ao lado da equipe de governança e 11 parlamentares, entre deputados distritais e federais, o governador se comprometeu com os representantes da categoria a realizar uma nova reunião uma semana após a aprovação da Reforma Previdenciária, para continuidade das negociações.
A fim de garantir que, desta vez, Rollemberg cumpra com sua palavra, o Sinpol-DF tem intensificado a articulação política em torno da questão. Ainda na manhã de quinta-feira, o Sindicato se reuniu com o deputado federal Laerte Bessa (PR), que, na oportunidade, entrou em contato com o deputado distrital Joe Valle (PDT), presidente da CLDF, solicitando seu intermédio para abertura da agenda com o governador.
Recursos
O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco Gaúcho, ressaltou aos representantes sindicais, durante o encontro à tarde, que o agendamento ainda não ocorreu, mas o objetivo da entidade é que a reunião seja realizada na próxima semana.
Já foi deliberado, no entanto, que, a partir de então, a categoria voltará a ser mobilizada caso o governador não atenda o pleito.
Com a Reforma da Previdência, o Governo do Distrito Federal (GDF) não terá mais que aportar cerca de R$ 170 milhões mensais para bancar os aposentados que integram o fundo do Iprev.
Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo distrital passou a receber mensalmente uma parcela de cerca de R$ 40 milhões referentes à compensação previdenciária de trabalhadores que foram da União para o GDF.
Em 25 de agosto, mais de R$ 380 milhões da contribuição previdenciária patronal que estavam retidos pela União também foram liberados para o governo local.
Além disso, o Fundo Constitucional, repassado pela União para arcar com as despesas de Segurança Pública no DF, terá um acréscimo de 3,7% em relação a 2017 – cerca de R$ 500 milhões. Em 2018, o Fundo passará de R$ 13,2 bilhões para R$ 13,7 bilhões.
“Fica cada vez mais claro que há recursos. O que não há é a vontade política de perceber a Polícia Civil como prioridade. É, então, necessário que a gente cobre isso do governo”, ressalta o presidente do Sinpol-DF.
Fonte: Ascom Sinpol-DF