Postos criados foram insuficientes para absorver as 32 mil pessoas que passaram a pressionar o mercado de trabalho por emprego
A taxa de desemprego total no Distrito Federal passou de 13,2% em março deste ano para 14,1% em abril. No último mês, o número de desocupados foi estimado em 215 mil pessoas — 17 mil a mais que em março. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira (27), isso ocorreu porque os postos de trabalho criados (15 mil) foram insuficientes para absorver as 32 mil pessoas que passaram a pressionar o mercado por emprego.
A pesquisa foi realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pela Secretaria do Trabalho e do Empreendedorismo.
“Em abril, a pressão do mercado de trabalho é mais forte. Dessa vez, porém, foi além do que esperávamos”, comenta a coordenadora da PED pelo Dieese, Adalgiza Amaral. Segundo ela, normalmente, no primeiro trimestre do ano, as pessoas não costumam pressionar fortemente o mercado por ser um período de ajustes sazonal — em que as empresas ainda estão revendo contratações —, com menos ofertas de emprego.
Dos 215 mil desempregados, 54,4% são do sexo feminino e 45,6%, do sexo masculino; 75% são negros e 25%, não negros; 32,1% têm de 18 a 24 anos, enquanto 13,7% têm de 25 a 29 anos.
Em abril, a população economicamente ativa representou 1,532 milhão de pessoas. No mesmo período de 2013, esse número era de 1,452 milhão. Já o número de ocupados, que em abril de 2015 foi de 1,317 milhão de pessoas, na mesma época de 2013 representou 1,265 milhão.
A pesquisa também mostra aumento em abril deste ano, em relação ao mês anterior, no número de pessoas com carteira assinada no setor privado: sete mil a mais.
Setores
No último mês, o nível de ocupação teve aumento de 1,2%, em comparação a março deste ano. O setor com maior crescimento no número de postos de trabalho gerados foi o de construção (10,8%). Em seguida, está o de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com 2,9%. A indústria de transformação, a exemplo da têxtil e da metalúrgica, foi o único setor que apresentou redução (-6,1%).
Já a análise das taxas de desemprego por grupos de regiões administrativas mostra que o grupo 1, que reúne as de renda mais alta, como Lagos Sul e Norte, foi o único que registrou diminuição: passou de 6,7% em março para 6,1% em abril. No grupo 2, que engloba as de renda intermediária, a exemplo de Taguatinga, o número passou de 10,8% para 11,9%. Já no grupo 3, de renda mais baixa, como Samambaia e Ceilândia, o dado passou de 16% em março para 16,9% em abril de 2015.
Acesse a íntegra da pesquisa.
Fonte: Agência Brasília