Para gestor, iniciativas repercutem em atendimento de qualidade aos usuários da saúde pública
Por Kleber Karpov
Em entrevista ao portal Metrópoles (4/Dez), o novo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, indicado pelo governador do DF eleito, Ibaneis Rocha, falou sobre como deve ser o processo de gestão da Saúde Pública do DF. Planejamento, melhoria de condições de trabalho para os servidores e, consequentemente, aos pacientes estão entre as preocupações do gestor público.
Okumoto falou da necessidade de se levar em consideração a geografia, as características de cada Região Administrativa (RA), e compreender a dinâmica de acesso dos usuários da saúde pública. “A gente tem que entender essa geografia, essa disposição e fornecer o melhor para cada localidade.”, disse ao deixar claro que a atual dinâmica de gestão da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), deve passar por mudanças.
Valorização
Okamoto afirmou ter conhecimento da quantidade e da capacidade dos profissionais de Saúde da SES-DF e observou que o bom atendimento do paciente, passa pelo oferecimento de boas condições de trabalho os servidores. “A gente tem que pensar que o servidor tem que ter condições de trabalho. Nós vamos olhar a parte dos trabalhadores de saúde e possibilitar que esses funcionários tenham vontade de estar naquele ambiente e dizer: – eu gosto de trabalhar aqui, de atender as pessoas, gosto de gente e de atendê-las bem”, disse.
Comunicação
Questionado sobre a dificuldade de os usuários compreenderem a dinâmica de atendimento das unidades de saúde, sobre quando recorrer aos hospitais, Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) e Postos (PS) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), Okumoto lembrou a necessidade de haver uma comunicação eficiente.
“Muitas vezes a gente tem um fluxo formado, mas não tem uma comunicação eficiente. A gente não consegue chegar até o usuário do SUS de uma forma clara para que ele possa entender o que ele tem que fazer.”, disse ao comparar o processo de comunicação do Ministério da Saúde e alertar para a necessidade de realizar um processo de comunicação eficiente. “Quando você tem uma dificuldade no entendimento da população, isso prejudica muito o trabalho da equipe técnica.”, explicou.
Planejamento
Ao falar sobre a inspeção do Ministério Público do DF e Territórios do DF (MPDFT)(20/Nov), nas UPAs, o novo secretário observou que o MS fez um processo de planejamento das unidades “muito bem analisado” e que são importantes dentro do sistema de saúde.” E que o estado deve utilizar esses equipamentos públicos.
Em relação a inspeção do MPDFT, Okamoto lembrou a existência de problemas pontuais, mas também de casos que refletem a falta de planejamento e monitoramento das UPAs.
“Acho que alguns pontos que foram encontrados, poderiam ser problemas pontuais, que é acontecer uma falta de algodão em determinado momento, falta de reposição por problema de logística. Mas também tem problemas que não são, que não vai se resolver de um dia para o outro e deveria haver um planejamento para a aquilo não viesse a acontecer.”, disse.
Monitoramento
Okamotu aproveitou para esclarecer o dilema do monitoramento, tema abordado em entrevista coletiva, no dia anterior (3/Nov). O gestor explicou que mencionar que deveria monitorar toda rede, não se tratava de implantar sistemas de câmeras nas unidades de saúde, mas da dinâmica de controle de processos e de gerenciamento. “Quando falei de monitoramento, não era de câmara, mas da produtividade, dos indicadores de cada unidade produz,”, disse ao exemplificar sobre a necessidade de aferir o acompanhamento do processo de atendimento dos pacientes recebeu atendimento na unidade de saúde.
Assista a entrevista
Metrópoles entrevista futuro secretário de Saúde, Osnei Okumoto
Posted by Metrópoles on Tuesday, December 4, 2018
Com informações do Metrópoles