Sindicalista aponta que momento é de diálogo e união para definir rumos da Saúde
Por Kleber Luiz
Na segunda-feira (10/Dez), o novo secretário de Saúde, Osanir Okumoto, acompanhado do membro da equipe de transição, Francisco Araújo, se reuniram, no auditório do Sindicato dos Médicos do DF (SINDMÉDICO-DF), com os representantes de Sindicatos do DF, para ouvir as demandas das entidades sindicais em relação aos rumos da Pasta, sob nova gestão, a partir de 2019.
A reunião foi intermediada pelo deputado distrital eleito, e vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF), Jorge Vianna (PODEMOS). Na avaliação do parlamentar, o momento é de se construir um elo entre o poder público e os colaboradores, de modo que a população possa a grande beneficiada.
O distrital observou que encontro permitiu que os sindicatos pudessem ouvir, assim como apresentar as demandas dos profissionais de saúde a Okumoto. E que o novo Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), por sua vez, pode perceber a união dessas entidades, no sentido tentar combater as arbitrariedades, contra os profissionais de Saúde e reverter o quatro caótico deixado pela atual gestão.
“A reunião foi de extrema importância pois o secretário pode ouvir as principais demandas das categorias da Saúde, por meio de seus sindicatos. Ele [Okumoto] também pode perceber que as entidades se uniram para combater o caos da atual gestão na saúde, e que querem, também de forma unida, colaborar para reverter esse caos. Cerca de 90% dos trabalhadores da Saúde estavam representados na reunião, pelos sindicatos presentes, então creio que o novo secretário saiu da reunião, ciente dos principais problemas das categorias.”, disse Vianna.
Além de representantes do SINDMÉDICO-DF e do SINDATE-DF, participaram da reunião um representante do Conselho Regional de Enfermagem do DF (COREN-DF), representantes do sindicatos dos Enfermeiros do DF (SINDENFERMEIROSDF), Dayse Amarílio, dos Odontologistas do DF (SODF), José Arnaldo Pereira Diniz, dos Técnicos e Auxiliares em laboratório do DF (SINTRALAB-DF), André Ângelo, além de outras entidades ligadas à Saúde do DF.
Reversão de políticas equivocadas
Entre esses problemas, estão o que o presidente do SINDMÉDICO-DF, Gutemberg Fialho, chamou de “políticas públicas equivocadas”, que precisam ser revistas. Entre essas, “o Converte, o Instituto Hospital de Base e tantas outras portarias que foram e continuam sendo editadas e que, infelizmente, precarizam o serviço público”, apontou.
Fialho exemplificou ainda, os prejuízos causados pela regulamentação da progressão funcional por meio do Decreto 37.770/2016. “Todas essas questões têm que ser revistas”, concluiu.
Valorização
O diretor do Sindate-DF, Newton Batista, por sua vez, observou que os auxiliares e técnicos de enfermagem somam cerca e 15 mil servidores entre ativos e inativos. O sindicalista, apontou demandas antigas do sindicato que querem a mudança na nomenclatura do cargo e do plano de carreira. “Queremos que, com a valorização dos profissionais, a população seja bem atendida e se torne, consequentemente, mais saudável”, comentou.
União
Embora as entidades sindicais tenham declarado independência, em relação a gestão da Saúde do DF, os representantes dos trabalhadores deixam claro ao secretário de Saúde que o diálogo, deve ser o principal instrumento para se reconstruir a Saúde do DF.
Para o vice-presidente do SindMédico-DF, Carlos Fernando, o encontro foi fundamental para abrir as portas do diálogo com o futuro secretário. “Uma das maiores falhas do atual governo foi e é, ainda, a comunicação. E, acredito, este primeiro contato com o futuro secretário de Saúde reforça a nossa disposição, de todos aqui presentes, para dialogar com a futura gestão da SES-DF e resolver, em conjunto, os problemas que tanto impedem o bom funcionamento da rede pública”, disse.
União II
Na mesma linha, segue também o novo secretario de Saúde. Ao Política Distrital (PD) Okumoto elogiou a receptividade por parte dos representantes das entidades sindicais e afirmou que conta com a ajuda de todos. “Foram muito receptivos e gentis comigo e Francisco. Quero a ajuda deles para administrar a saúde do DF”, disse Okumoto.