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22 nov 2024 12:04


Apps de transporte são chamados à Câmara para discutir segurança de motoristas

Ser motorista de aplicativo no Brasil virou uma profissão de risco. Os inúmeros casos de violência mostram isso. Por essa razão, as empresas Uber e 99Pop serão chamadas à Câmara Federal para debaterem a segurança da categoria. A audiência pública foi proposta pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Os dados da violência chamam a atenção. No Distrito Federal, que protagonizou no final de semana de 11 e 12 de outubro dois assassinatos de condutores de App, o cenário é crítico. Entre janeiro e junho de 2019, ocorreram 71 roubos com restrição à liberdade de motoristas. São 57 casos a mais do que o mesmo período do ano passado. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e foram publicadas pelo jornal Correio Braziliense. É uma média de um assalto a cada dois dias e meio.

Não há uma estatística nacional, mas há recortes feitos localmente. No Rio Grande do Sul, por exemplo, em três anos, mais de 2,2 mil motoristas de aplicativos foram assaltados, segundo o governo deste estado. Em setembro, a Grande São Paulo registrou dez casos de violência envolvendo motoristas de aplicativo – cinco foram mortos.

A violência para motoristas no Brasil se tornou destaque no exterior. Um artigo publicado pela Business Insider, com dados do The New York Times, apontou que “requisitos frouxos de identificação”, ocasionou a morte de, no mínimo, 16 motoristas que aceitaram corridas com pagamento em dinheiro, no Brasil.

Para o propositor da audiência pública, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), o Brasil não pode esperar nem mais um segundo para resolver essa questão. “Estamos vendo todos os dias pais de família, que optaram por esse trabalho, sendo assaltados e mortos. Eles saem de casa, mas não sabem se voltam. Por isso a importância deste debate”, preocupa-se o deputado.

A audiência ocorre no dia 3 de dezembro, às 16h30, no Plenário 6 da Casa, e terá a presença, além dos representantes das empresas, membros do governo federal e do Distrito Federal, além de especialistas.

Fonte: Ascom Luiz Miranda

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