6Vencedores do 1º Hackathon em Saúde Pública do DF desenvolvem solução para ação integrada de combate à dengue
A equipe FFA foi a vencedora do 1º Hackathon em Saúde Pública do DF – Combate à Dengue, encerrado na sexta-feira (13), no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB (CDT). A maratona de inovação, que se desdobrou em cinco dias, buscou soluções tecnológicas para promover o controle e a prevenção da dengue no DF, considerando critérios como previsão e educação.
A equipe vencedora levou o prêmio de R$ 6 mil e conquistou a oportunidade de ficar seis meses imersa no hotel de projetos do Parque Científico e Tecnológico (PCTec) da UnB, onde seus componentes poderão atuar diretamente com o grupo de pesquisas da saúde da universidade e aperfeiçoar a solução desenvolvida.
O grupo desenvolveu o “Programa de educação sobre dengue, registro e orientação” (PedRO). A proposta consiste em uma plataforma multiferramenta voltada para coleta, análise e uso inteligente de informações para profissionais da saúde, agentes de vigilância e a população.
Em tempo real
O programa oferece três ambientes: aplicativo voltado para educação, orientação e ação social da população; ferramenta de sala de controle para gestores alimentada com informações em tempo real sobre focos, incidência da dengue, gráficos e mapas de geolocalização e, por fim, formulário a ser utilizado por profissionais e instituições de saúde para coleta de informações de pacientes.
“É muito interessante ver o governo trazendo jovens para mostrar a inovação”, afirmou João Pedro Freitas, um os integrantes da FFA. “Com o dinheiro do prêmio, nós pretendemos formalizar uma startup e, com essa oportunidade de ficar incubados aqui no hotel de projetos do PCTec, esperamos poder aprimorar bastante a ferramenta que desenvolvemos.”
Outras soluções
O segundo lugar da maratona, premiado com R$ 3 mil, coube à equipe que desenvolveu a plataforma “Foco no foco – o combate é de todos”. No aplicativo, a ideia é integrar a sociedade, o governo e estabelecimentos comerciais das áreas administrativas, gerando bonificações para os usuários que poderiam ser trocados por serviços e produtos públicos e privados.
A terceira colocação ficou para o projeto “e-Dengue”, que levou o prêmio de R$ 1 mil reais. O grupo se baseou no ciclo de vida completo do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, que dura somente sete dias, enquanto o tempo de análise e resposta das ações de vigilância leva, hoje, mais de 70 dias. A plataforma tem o objetivo de agilizar o processo de vigilância e fiscalização e de facilitar a análise estatística dos dados de monitoramento.
Esse projeto também prevê um aplicativo para a comunidade baseado em educação, denúncia de focos e oferta de orientações. Já para os gestores, a plataforma prevê um painel alimentado pelas informações fornecidas pelo app com a construção de mapas de calor, geração de informações baseadas em geolocalização e gerenciamento por regiões.
A maratona
Ao todo, o hackathon contou com 34 participantes que, divididos em quatro equipes, passaram a semana recebendo instruções e mentorias de especialistas em Tecnologia da Informação (TI) e em Saúde para trabalhar em projetos de aplicativos, softwares e plataformas que possam atender à encomenda apresentada.
De acordo com o regulamento, os participantes do hackaton cedem toda a propriedade intelectual decorrente das soluções desenvolvidas para a Fepecs, que poderá, a seu critério, promover a proteção, em nome próprio, dos direitos de propriedade intelectual das ferramentas. O objetivo é que o conhecimento e a tecnologia sejam incorporados à rotina de atuação do GDF, por meio da Secretaria de Saúde (SES) e da Fepecs, nas ações de combate à dengue.
Desafio DF
Esse foi o primeiro de uma série de hackathons que a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) pretende promover em busca de soluções para os problemas apresentados pelos diversos órgãos e instituições locais no âmbito do projeto chamado “Desafio DF”. Da Secretaria de Saúde (SES), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), veio a demanda que apresentou o combate à dengue como questão urgente de saúde pública.
Além da FAPDF, participaram da elaboração do 1º Hackathon em Saúde Pública do DF a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), por meio das entidades promotoras da Mostra Brasília Mais TI e em parceria com o Sindicato das Indústrias da Informação do DF (Sinfor), a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde do DF (Fepecs) e a UnB.
* Com informações da FAPDF
Fonte: Agência Brasil