Segundo a delegada Mônica Ferreira, o local não tinha condições ideias para armazenar os produtos. Foram apreendidos medicamentos sem licença e produtos médicos vencidos.
Por Thaissa Leone
Uma empresa de produtos ortopédicos foi interditada, nesta sexta (7), com suspeita de comercializar medicamentos e materiais hospitalares de forma irregular para clínicas e hospitais particulares do Distrito Federal, que seriam utilizados em cirurgias. A ação é resultado da operação “Hígia”, que faz alusão a deusa grega da saúde.
Com o recebimento de uma denúncia anônima, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com a Vigilância Sanitária do DF e da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM), realizou uma fiscalização no local. Foram encontrados próteses, órteses e acessórios ortopédicos em condições inadequedas. Além de medicamentos sem licença, alguns produtos médicos-hospitalares vencidos estavam misturados com os que ainda obtiam validade.
Segundo a delegada da DCPIM, Mônica Ferreira, o local não tinha condições ideais para armazenar os produtos. “Existe ainda a suspeita de que alguns materiais tenham sido reutilizados pela empresa, o que pode provocar risco de contaminação para a comunidade”, acrescentou.
Crime
Dos quatro sócios da empresa, até o momento, somente um foi autuado em flagrante. Rafael Vieira da Lima Freitas, de 36 anos, foi preso por crime contra a saúde pública. Se condenado, ele pode pegar de 10 a 15 anos de reclusão. A polícia ainda investiga o caso. Não há nenhum levantamento de quais hospitais e clínicas recebiam os produtos.