Gestão e novos contratos são responsáveis pela melhoria
Por Alline Martins
Graças a uma série de medidas adotadas pela Secretaria de Saúde, a lista de espera por um leito de UTI na rede pública tem sido cada vez menor, assim como o tempo de espera para conseguir uma vaga.
“Um dos pontos que gerou este impacto positivo foi a regulação da hemodiálise. Tínhamos muito pacientes dependentes de suporte dialítico, que ficavam em leito de UTI”, destaca o diretor-geral do Complexo Regulador de Saúde, Petrus Sanchez. O aumento do parque dialítico do Hospital Universitário de Brasília (HUB) que ofereceu vagas para pacientes da Secretaria de Saúde, ajudou nessa questão.
Segundo Petrus, a complementação no contrato de home care e a contratação de oxigenoterapia também foram fundamentais ajudado a desospitalizar pacientes que já estavam de alta nas UTIs, mas não podiam sair por falta de suporte para continuar o tratamento. Para o Secretário Francisco Araújo, a meta é alcançar níveis que nos garanta que ninguém vá precisar de medidas judiciais para conseguir uma UTI na rede pública. “A determinação do governador Ibaneis Rocha e humanizar o atendimento na saúde do DF e esse é um dos passos mais importantes para isso. Quem precisa de uma UTI não pode esperar. Vamos continuar trabalhando para alcançar níveis jamais vistos antes na história do Distrito Federal”, concluiu o gestor.
Alta médica
Outro ponto que ajudou a liberar leitos com mais rapidez foi a mudança na alta médica. “Os gestores, hoje, são obrigados a transferir os pacientes de alta médica em até 48 horas, sob pena de serem responsabilizados. Antes, esse prazo demorava até sete dias”, diz Petrus Sanchez.
Isso significa leitos sendo usados por pessoas que não necessariamente precisavam deles, enquanto centenas de outros pacientes tinham mais urgência em ocupar a vaga.
Além desses fatos, o diretor do complexo lembra que a contratação de novos leitos também colaborou para diminuir a espera e a fila. “Nos últimos 12 meses, contratamos cerca de 70 leitos de UTI. Também dispomos de mais leitos dentro da própria rede pública de saúde do DF”, complementa Petrus.
A fila de espera, nesta sexta-feira (17), oscilava entre 26 e 22 pessoas na espera. Em maio do ano passado, pelo menos 160 pessoas aguardavam por um leito. “A fila é dinâmica e, por isso, não há de se esperar que ela seja zerada. O que se espera é que cada paciente que entra espere por até 12 horas até a liberação de um leito, contando a partir da hora da solicitação do mesmo”, destaca.
Qualquer pessoa pode acompanhar a quantidade de pacientes em fila de espera por leitos de UTI na rede pública de saúde do DF, a partir do site Sala de Situação.
Fonte: Agência Saúde DF