Estabelecimento no Lago Norte teve materiais apreendidos e serviço de testagem interditado
Por Leandro Cipriano
Auditores da Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde apreenderam 18 kits de testes rápidos para detecção de Covid-19, vendidos por uma drogaria no Lago Norte. O estabelecimento foi autuado e intimado a regularizar o seu atendimento, prestado de forma precária. Além disso, os serviços farmacêuticos do local foram interditados.
“O local estava totalmente insalubre, sem condições de higiene e sem adotar nenhuma das normas sanitárias para realizar os testes rápidos, além de não estarem lançando as informações dos casos positivos no sistema para a Secretaria de Saúde”, apontou a gerente de Fiscalização da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé.
A ação só foi possível depois de denúncias nas redes sociais. Ao inspecionarem a drogaria, os auditores detectaram que os testes eram feitos em um espaço improvisado e pequeno. Os servidores encontraram até restos de comida no mesmo ambiente. Também confirmaram que o local não tinha cadastro na Gerência de Medicamentos e Correlatos (Gemec) da Vigilância Sanitária.
A gerente de Medicamentos e Correlatos, Renata Moreira Ferreira, esclarece que a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 377/20 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) só permite que as drogarias realizem testes rápidos caso cumpram as normas sanitárias. Diferente da situação presenciada no estabelecimento do Lago Norte.
“Quando chegamos, verificamos que eles estavam descumprindo praticamente todos os itens da RDC n° 377. Autuamos a drogaria, interditamos a prestação de serviço farmacêutico e apreendemos os 18 kits de testes rápidos”, informou a gerente.
Além de autuado, um processo administrativo sanitário será aberto contra o estabelecimento, com prazo para empresa apresentar defesa escrita. A multa pode variar entre R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Irregular
Além disso, os auditores verificaram na drogaria irregularidades na venda de medicamentos sob controle especial (Portaria n°344/98), além de desrespeito com as normas de venda de antibióticos.
“Interditamos o armário deles até que eles se regularizem, para poder continuar vendendo esse tipo de medicação”, destacou Renata Moreira.
Fonte: Agência Saúde DF