Por Nayara Ribeiro
A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap/DF), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), celebra neste mês de outubro os mais de 1000 reeducandos inseridos no mercado de trabalho. Em nove meses de nova gestão, o número de contratações, por contratos firmados com a instituição, teve um aumento de mais de 1000%.
Os reeducandos contratados desempenham funções como serviços gerais e serviços administrativos. As empresas que contratam os reeeducandos garantem benefícios como a isenção de encargos trabalhistas, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Sob nova direção desde janeiro, a diretora executiva, Francisca Aires, comemora junto à equipe da Fundação, o emprenho extraordinário dos trabalhos desenvolvidos em prol da ressocialização dos reeducandos em regimes fechado e semiaberto.
“É um trabalho desenvolvido com muito esforço e dedicação. Mas, aos poucos estamos sabendo lidar com o preconceito diante a sociedade e assim, podendo mostrar que os erros cometidos no passado, se transformaram em mentes brilhantes”, ressalta a diretora.
A Fundação
Instituída há mais de 28 anos, a Funap/DF tem por missão contribuir para a inclusão social de presos e egressos, desenvolvendo seu potencial como indivíduos, cidadãos e profissionais. Para isso, desenvolve programas sociais, a frente de três principais pilares: educação, cultura, e capacitação profissional e do trabalho para as pessoas que se encontrem privadas de liberdade, contribuindo para a inclusão social dos mesmos.
Trabalho artesanal
Mesas, cadeiras, churrasqueiras, sofás, bolsas e outros objetos são confeccionados nas oficinas da instituição, localizadas no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), no Complexo Penitenciário do Distrito Federal.
Estes materiais são expostos e comercializados em ações e eventos que a Fundação de Amparo participa mensalmente. Estas exposições, tem o objetivo de motivar os sentenciados a continuarem se aprimorando nos segmentos de marcenaria, costura, serigrafia, mecânica, também disponibilizadas em oficinas da Papuda. Os valores arrecadados com as vendas são revestidos na compra de materiais para dar continuidade ao trabalho.
“O objetivo é divulgar o trabalho deles para a população. O acompanhamento dos apenados após a saída da prisão, é uma das preocupações da Funap. A gente quer mostrar a capacidade e a criatividade que eles têm”, conclui Francisca Aires.
Fonte: Ascom Funap