IGESDF aponta imprevisibilidade de aumento de custos para justificar adiamento. Deputado por sua vez, rebateu a versão ao afirmar que Secretaria de Saúde custeia gastos do Instituto
Por Kleber Karpov
Nesta quinta-feira (30/Jul), o deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), criticou nota, que o deputado classificou de “desaforada”, publicada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF). Nela o instituto anuncia o adiamento, em dois meses, do pagamento do 13° salário, previsto para este mês.
Em nota, o IGESDF aponta a impossibilidade de arcar com o compromisso assumido, em convenção coletiva, conjuntamente com as entidades sindicais, em decorrência da imprevisibilidade ocasionada pela pandemia do coronavírus. O instituto, aponta aumento de gastos com aquisições de Equipamentos de Proteção Individual e ampliação do quadro funcional para cobrir vacâncias e ampliar o quadro de recursos humanos.
Diante do cenário apresentado, o IGESDF anunciou que deve adiar o pagamento do 13° salário, previsto para esta sexta-feira (31/Jul), para 30 de setembro. Mudança essa, contestada pelo deputado.
Para Vianna, a justificativa apresentada pelo IGESDF é insustentável, uma vez que, segundo o deputado, tais investimentos com EPIS e recursos humanos são custeados pela Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF). O deputado observou ainda que tal justificativa não isenta o instituto de arcar com o direito adquirido dos trabalhadores.
Posição do deputado
“Mas uma do IGES… O Iges solta uma nota desaforada, sem fundamento legal dizendo que vai mudar a data firmada em acordo coletivo com sindicatos, para pagar a primeira parcela do 13° salário previsto para esse mês, alegando a pandemia. Mas pelo que consta, o orçamento do IGES não mudou em nada e a SES vem pagando normalmente, tendo recursos para isso. Então a justificativa de não pagar porque estão investindo em saúde, não suspende o direito adquirido pelos trabalhadores. E ainda, no tom de intransigência no comunicado, afirma que os sindicatos estão sendo informados, como se as entidades não tivessem que prestar contas com os trabalhadores. Quem decide sobre a vida laboral dos trabalhadores são os TRABALHADORES, portanto, quem autoriza mudar alguma cláusula das convenções coletivas são os trabalhadores e não os diretores.”.
Reversão
O deputado deve acionar o IGESDF e a SES-DF para tentar garantir que o pagamento ocorra no decorrer da próxima semana. “Vou acionar o IGES e a Secretaria de Saúde para ver se chegamos a um consenso, de modo que o direito dos trabalhadores seja respeitado.”, disse Vianna.
Fonte: Jorge Vianna