Depois de sete anos bloqueados por falta de recursos humanos, seis leitos de observação voltaram a ser utilizados pela população no pronto-socorro do Centro Obstétrico (CO) do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A expectativa é que recebam, por mês, cerca de 180 gestantes em busca de atendimentos ginecológicos e obstétricos. O espaço é voltado, principalmente, às pacientes no início da gestação, que ficam menos de um dia em observação e não precisam de internação. Com a reabertura desses leitos, essas gestantes têm um local próprio para serem medicadas, hidratadas e terem seu quadro clínico acompanhado.
Dessa forma, elas não ocupam as vagas na emergência das pacientes mais graves, que estão em trabalho de parto ou pré-parto, por exemplo. “As pacientes que precisavam de uma observação por um período curto acabavam ocupando as vagas que eram para as gestantes terem seus bebês, ou o local onde ficavam internadas. Com a reabertura desses leitos no pronto-socorro, se evita internações hospitalares precoces, a lotação diminui e o fluxo dos atendimentos melhora”, afirmou a diretora do Hmib, Marina da Silveira.
A gestora percebeu, ao assumir a direção do hospital, a importância de reabrir esses leitos para reorganizar a emergência da ginecologia e da obstetrícia, que estavam com os fluxos misturados devido a demanda crescente. “Um dos primeiros passos foi a reabertura desses leitos. Claro que isso foi possível com o apoio da Secretaria de Saúde, que ampliou a carga horária da equipe e lotou novos servidores”, destacou a diretora.
Conforto e segurança
Para a Referência Técnica Assistencial (RTA) de Ginecologia e Obstetrícia do Hmib, Andréia Araújo, o objetivo principal da reabertura é garantir mais conforto e segurança as pacientes. Ao mesmo tempo, a iniciativa deixa os leitos de internação sendo ocupados apenas pelas gestantes que mais necessitam.
“Em decorrência da pandemia da Covid-19, recebemos atendimentos do Hran e aumentamos em 30% a nossa demanda geral. Os leitos de observação tornaram os serviços mais ágeis e os pacientes menos graves ficam em seu devido lugar, sem ocupar leitos de gestantes em pré-parto”, ressaltou Andréia Araújo.
O Hmib faz, em média, cerca de 300 partos por mês, índice que aumentou depois que começou a receber a demanda do Hran. Os atendimentos mensais de ginecologia e obstetrícia no hospital giram em torno de aproximadamente 2 mil pessoas, entre mulheres grávidas e não grávidas.
Todos os hospitais da Rede Pública de Saúde receberam obras e melhorias estruturais em 2020. O Hmib passou por pintura em toda a área externa, readequações e manutenções nas redes elétrica, hidráulica e das janelas do espaço onde funcionava o complexo regulador, gestão de leitos e Núcleo de Internação e Alta (NIA).
“Houve ainda reparos no sistema de ar-condicionado que melhorou o clima interno, além da reestruturação das salas e reformas estruturais no CO para fazer um jardim deambulação e acalmar o coração das pessoas. Queremos melhorar a ambientação tanto para os pacientes como para os servidores”, comentou a RTA de Ginecologia e Obstetrícia do Hmib.
Fonte: Agência Brasília