Aproximadamente 70 mulheres com câncer serão operadas no Hospital de Base até o final da próxima semana, em uma nova força-tarefa de cirurgias. A ação beneficiará 100% das pacientes em tratamento neoadjuvante, ou seja, em quimioterapia e radioterapia para redução do câncer, o que aumenta as chances de cura.
Cerca de 200 pacientesjá foram beneficiados nas ações de desospitalização do Iges-DF
“Foram chamadas todas as pacientes que estão dentro desse perfil para operar. Elas fazem parte de uma janela em que é passível o tratamento cirúrgico, antes que a doença evolua, dificultando o tratamento”, ressaltou o gerente-geral de Assistência do HB, Lucas Seixas.
As cirurgias foram planejadas em conjunto com a equipe de profissionais que atuam na mastologia e na ginecologia oncológica. Os procedimentos ocorrem de segunda a domingo e atendem cerca de 35 pacientes por semana.
“Na primeira semana vamos fazer mastectomia em mulheres com câncer de mama. Na segunda semana serão as pacientes da especialidade de ginecologia oncológica”, destacou Lucas.
Após as cirurgias, o Hospital de Base atuará para fazer a desospitalização desses pacientes, dando continuidade às ações para atingir também pacientes com outras patologias. “Queremos atender, principalmente, as patologias oncológicas, porque saíram de foco em virtude da pandemia, mas que continuam existindo e acometendo muitos pacientes que necessitam da nossa ajuda”, acrescentou o gerente-geral.
Serão mais de 30 médicos envolvidos, além da equipe de enfermagem, da farmácia, do centro de material esterelizável e da mobilidade. “É preciso desenvolver um esquema de logística dentro do hospital, bem como pelo Complexo Regulador da Secretaria de Saúde do DF, que regula as filas de pacientes”, concluiu.
Força-tarefa contínua
As ações de força-tarefa adotadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) serão realizadas até dezembro.
A ação, que já beneficiou aproximadamente 200 pacientes, já foi aplicada com sucesso nos setores de hemodinâmica, urologia e ortopedia e faz parte da estratégia de desospitalização de pacientes que aguardam procedimentos cirúrgicos no Hospital de Base, no Hospital Regional de Taguatinga e em outras unidades da rede pública de saúde.
A ideia é promover a alta de pacientes de forma ágil, diminuindo-se o risco de contaminação por Covid-19.