Por Poliglota
O policial militar Gardiner Chaves Ferreira, acusado de matar o agente penitenciário, Ralfis Ferreira dos Santos, após uma briga de trânsito foi levado a júri popular hoje (21) e absolvido das acusações.
Segundo alegado pela denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), o crime foi cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima: o réu abaixou o vidro do carro e, sem dizer nada, efetuou os disparos contra a vítima porque não gostou de ser questionado sobre a forma como conduzia o seu veículo. O julgamento seria realizado no último dia 14, mas foi adiado a pedido da defesa do réu.
Em contato com o advogado do acusado, Dr Ataualpa Chagas, um dos mais renomados criminalista e especialistas na área militar de Brasília e que há poucos dias foi o responsável na absolvição dos 8 policiais acusados de homicídio no conhecido “Massacre da Estrutural” durante o governo Cristovam Buarque, o mesmo relatou que a desqualificação do crime foi fundamental para provar a inocência de seu cliente. Dentre uma das linhas de defesa, estava o fato de o Agente Penitenciário estar portando, sem autorização e conhecimento de seus superiores, uma arma de uso exclusivo em serviço, o que já consideraria crime por não haver previsão legal à época de uso e porte de arma pelos agentes penitenciários.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 20 de abril de 2014, na Avenida Elmo Serejo de Ceilândia, o agente penitenciário conduzia um carro com dois amigos de passageiros, quando o réu, com a intenção de ultrapassá-lo, posicionou o veículo perto da traseira de seu automóvel. Entretanto, Santos não liberou passagem e o policial manteve o veículo próximo até realizar uma ultrapassagem de forma brusca.
Segundo testemunhas, pouco mais adiante os dois veículos pararam na via e ficaram emparelhados. Nesse momento, a vítima questionou o comportamento do policial. Inconformado, o PM sacou a arma de fogo, abaixou o vidro de seu carro e, sem dizer nada, efetuou os disparos contra Santos, que faleceu no local. O réu fugiu logo em seguida.
Imprensa convencional não divulga importância do julgamento
Por incrível que pareça, nenhum meio de comunicação de grande expressão no DF fez qualquer menção da absolvição do policial militar Cabo Gardner, que durante todo o processo permaneceu preso nas celas do 19º Batalhão de Polícia Militar, conhecido como “Papudinha”. Até mesmo o Ministério Público, que fez o anúncio do adiamento do julgamento do policial a dias atrás, se manifestou em sua página principal acerca de um julgamento que teve grande repercussão.
Mas o importante agora é que a justiça foi feita e o policial vai poder recuperar o tempo perdido junto a seus familiares e reconstruir sua vida profissional.
Aqui, nada deixa de passar em favor do Policial Militar! Parabéns CABO Gardiner!
Fonte: Blog do Poliglota com informações do MPDFT