Por Kleber Karpov
Na sexta-feira (16/Out), uma nova diretoria assumiu a gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), responsável por gerir os hospitais de Base do DF (HBDF) e Regional de Santa Maria (HRSM), as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além da construção de outras UPAS espalhadas no Distrito Federal.
A substituição da diretoria, ocorre em meio a uma série de problemas que envolvem o IGESDF, indireta e diretamente. A começar com a prisão do ex-secretário de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Francisco Araújo, juntamente com a cúpula da Pasta, após deflagração da segunda etapa da operação Falso Negativo, por parte do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Uma vez que Araújo foi gestor do IGESDF, e o instituto é mantido com o repasse de cerca de R$ 1 bilhão, por parte da SES-DF para gerir as unidades de saúde do DF, os olhares, tanto do MPDFT, quanto do Tribunal de Contas do DF (TCDF), se voltaram para a ‘gestão estratégica de saúde’ em relação aos hospitais e upas.
Gestão Estratégica?
Gestão essa que recentemente, também se deparou com escândalos, a exemplo do efetivação da psicóloga Emanuela Dourado Ferraz na vice-presidência do IGESDF (19/Jul). Isso porque a gestora, que já ocupava cargo no Instituto, desde outubro de 2019, ocasião em que também estava nomeada como assessora parlamentar no gabinete da deputada federal Iracema Portella (PP-PI), além de, no governo do Piauí.
Em outro episódio mais recente, o uso de cartões corporativos, por integrantes do IGESDF, se tornou manchete, em que foi apontado, por exemplo, gastos de R$ 600 em pedido de pizza, ou ainda com bolos, refrigerantes e salgadinhos, o que o instituto justificou, ter utilizado tal recurso para homenagear colaboradores que atuaram na montagem de 42 leitos exclusivos para pacientes com Covid-19.
Na última semana, denúncias por parte de servidores também ganharam manchetes na imprensa. Dessa vez por atrasos de pagamentos de profissionais de saúde, e falta de insumos, a exemplo de papel higiênico, sabão neutro e toalhas descartáveis.
Outro problema, questionado pelo TCDF, e alvo de reclamação de usuários, são as filas de espera para atendimentos oncológicos e falta de medicamento para quem faz quimioterapia. Dilema, também enfrentado por doentes renais crônicos.
Desafios
A nova diretoria do IGESDF assume com a missão de resgatar o ‘planejamento estratégico, na saúde dos hospitais e UPAS sob gestão do instituto, desde 28 de setembro, sob presidência do advogado Paulo Ricardo da Silva, que por sua vez promete trazer transparência, legalidade e eficiência.
“Sabemos que o IGESDF é um instrumento fundamental para a melhoria do atendimento à população, que é nosso principal cliente”, destacou. “Administrar com responsabilidade, transparência e eficiência, e melhorar a saúde do DF, é uma determinação do governador Ibaneis Rocha. E é isso que queremos e vamos fazer”.
Compromisso esse assumido também, pela nova vice-presidente do IGESDF, Mariela Souza. “Estamos todos empenhados nessa árdua tarefa, com competência, disposição e muita humildade, vamos vencer todos os desafios”.
Além de Silva e Mriela Souza, estão no comando do IGESDF, o chefe de Gabinete, Washignton Soares, e os diretores Gislei Morais de Oliveira (Planejamento), Marcelo Oliveira Barbosa (Administração e Logística) e Emanuela Dourado Rebêlo Ferraz (Inovação, Ensino e Pesquisa), além do superintendente da Unidade Operacional, Dickson Gomes, e dos assessores Denise Magalhães (Compliance e Ouvidoria), Pelágio Gondim (Comunicação), Nelma Regia Louzero (Relações Institucionais), Níbia Almeida (Jurídico) e o Superintendente de Inovação, Ensino e Pesquisa, Denilson Campello dos Santos.