A Secretaria de Saúde faz ações, durante todo o ano, para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti em todo o Distrito Federal. Diversas medidas são tomadas pelos agentes de vigilância ambiental, como vigilância constante, controle larvário, parte educacional, controle da população de mosquitos, assistência aos casos prováveis, encaminhamento de diagnósticos laboratoriais, tratamento do paciente e recuperação do imóvel contaminado.
“Tivemos um ano atípico em função da Covid-19. Parte das ações em campo foram interrompidas e as visitas domiciliares acabaram ficando prejudicadas, pois muitas pessoas não recebiam nossos agentes da Vigilância Ambiental. Atualmente, estamos subdividindo as equipes e colocando em campo para descobrir o índice de manifestação dos mosquitos”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
A amostragem é denominada de Liraa. São selecionadas as casas das quadras do Distrito Federal para receberem uma vistoria completa, na identificação dos locais onde há mais focos do mosquito, como caixa d’água, vasilha de planta, balde.
“A partir do resultado dessa amostragem criaremos ações de levantamento e de planejamento estratégico para o combate da dengue, como campanhas educativas, aplicação de UBV pesado (fumacê), colocação de armadilhas e intensificação das inspeções”, destaca Valero.
Sala Distrital
O DF conta com uma coordenação entre diversos órgãos do GDF para o combate ao aedes. A Sala Distrital Permanente de Coordenação e Controle das Ações de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes (SDCC) foi formada para estruturar as atividades integradas a curto e longo prazo.
“O trabalho de vigilância é preventivo, é evitar que o mosquito sobreviva. Por isso, o trabalho desenvolvido por todos esses colegas é de suma importância. Precisamos desse apoio dos órgãos do GDF para atuar conjuntamente nos pontos mais críticos do DF”, disse Valero.
População
De acordo com Edgar Rodrigues, diretor de Vigilância Ambiental, o combate à dengue é uma responsabilidade de todos, não só dos órgãos do governo. Para que haja uma diminuição considerável nos casos, é necessário que cada um faça sua parte observando o quintal de casa.
“A população não pode descuidar. Se cada um tirar dez minutos por semana para inspecionar seu quintal e retirar qualquer possível foco de mosquito da dengue é suficiente para reduzir o número de casos. Todo mundo tem papel essencial neste combate”, frisa o diretor da Vigilância Ambiental.
Edgar ressalta também que é de extrema importância abrir as portas e janelas da casa quando estiver passando o veículo UBV (ultra baixo volume), mais conhecido como fumacê, pois o inseticida lançado no ar não é prejudicial à saúde humana, só faz mal para os mosquitos. O carro do fumacê passa nas regiões administrativas todos os dias, durante a madrugada (5h30 às 9h30) e no final do dia (17h30 às 21h30).
Parceria
A Vigilância Ambiental também realiza ações em conjunto com outros órgãos, trata-se do Sanear Dengue, que é composto pelas Secretarias Executiva das Cidades e de Políticas Públicas, ambas da Secretaria de Governo, além da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), com apoio do Corpo de Bombeiros e administrações regionais.
O Sanear Dengue é um dos “braços” do Sanear DF que foi pensado de forma emergencial para amenizar o contágio pelo mosquito. Foi criado para atender as cidades com maior incidência da dengue.
Segundo Edgar, nunca houve uma parceria de vários órgãos em prol do combate ao mosquito da dengue. “Essa é uma responsabilidade de todos. É um trabalho árduo para o bem de todos”, afirma.
Combate
O engajamento da população também é fundamental no combate ao Aedes aegypti. A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo mosquito é manter o monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do inseto. Confira algumas dicas: