Por Celson Bianchi
Um governo pra ser respeitado tem que demonstrar capacidade administrativa e assim fazer a máquina atender bem o cidadão e coesão política, mostrando que todos estão remando pro mesmo lado.
No atual governo nenhuma destas premissas se mostra efetiva. A máquina não funciona e com isto o cidadão sofre. E a equipe de governo jamais se mostrou coesa. É cada um por si.
O recente episódio do conflito entre o Secretário de Segurança e o Comandante da Polícia Militar, dá o tom da torre de babel que se transformou a atual equipe de governo.
Em dez meses foram dez secretários exonerados, fora os que foram abatidos antes mesmo da posse, como o então anunciado futuro secretário de saúde, que foi sem nunca ter sido. Um exemplo claro de como as escolhas feitas não primaram por verificar todas as exigências para o cargo.
É evidente que a saída de um governo pode gerar sequelas, mas nunca na estória da nossa cidade um secretário saiu atirando com todas as letras contra o governo que integrava a pasta que dirigia. Artur Trindade conseguiu acertar na mosca os dois alvos, colocando sob suspeita inclusive os índices de criminalidade que recentemente apresentara.
O fato é grave e não pode ser jogado na vala comum, pois atenta contra um dos direitos fundamentais do cidadão, que é a Segurança Pública e, por conseguinte, prejudica todo o DF.
Já não dá mais pra ficar do jeito que está. O governo luta contra o tempo, pois 2018 está logo ali. E no ritmo que está indo o governo se esvai como nuvem de fumaça. E um governo quando fraqueja, perde na essência o mais importante: a perspectiva de futuro.