Por Kleber Karpov
A técnica em enfermagem e diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF), Stella Krause, afirma ter sido agredida além de receber voz de prisão e foi conduzida à 21ª Delegacia de Polícia Civil (DP), por uma sargento da Polícia Militar do DF (PMDF), após insistir em tentar garantir atendimento de paciente em estado grave.
O Caso aconteceu na manhã de segunda-feira (7/Dez), no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Em um vídeo gravado pela Assessoria de Comunicação do Conselho de Saúde do DF, em frente delegacia, emocionada, a técnica em enfermagem fez um relato da discussão que resultou em receber voz de prisão no HRT.
Stella Krause acusa a médica plantonista de recusar a receber o paciente com quadro Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), medicação venosa e em estado cianótico. Isso, por estar em atendimento, sozinha, a três pacientes. A diretora do SindSaúde acusou a médica de induzir dois PMs, que chegaram no hospital para receber atendimento, a dar voz de prisão à técnica, por desacato, por insistir no atendimento do paciente.
Clima de estresse
O presidente do CSDF, Helvécio Ferreira, que esteve com a diretora do Sindicato na delegacia, explicou que o caso demonstra a fragilidade da estrutura da saúde e, principalmente, o nível de estresse em que os servidores da saúde têm trabalhado: “Eu estou aqui com o chefe dela, juntamente com a chefe de enfermagem no HRT, para saber o que ocorreu. Os outros companheiros estão indo para delegacia. Temos que ir pra todos. Isso é um dos resultados das condições de trabalho que estamos vivendo. Os dois lados estão nervosos e acaba ocorrendo injustiças dessa natureza com a colega.”, criticou ao observar: “Além da colega estar sendo desrespeitada, mais ainda, o paciente.”, concluiu.
Investigação
Politica Distrital conversou com o secretário de Saúde, Fábio Gondim, que se mostrou cauteloso: “Só poderei me manifestar sobre o assunto após apurar o que de fato aconteceu, até para não ser injusto com ninguém.”, afirmou Gondim.
O caso deve ser investigado ainda pela 21ª DP, que não indiciou a Stella Krause, para poder averiguar todos os fatos, pois algumas perguntas a serem respondidas, a exemplo de porque o HRT não foi contatado previamente para saber se havia disponibilidade de vagas? Quem acompanhava o paciente? Onde estavam os outros médicos do hospital? A direção do SindSaúde também acompanha o caso, de perto.
Veja o depoimento de Stella Krause: