Acompanhamento é feito por equipe multiprofissional
O Distrito Federal possui amplo atendimento na rede pública de saúde voltado à saúde mental, entre esses as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Para o público maior de 18 anos que apresenta transtornos mentais graves, severos e persistentes e se encontra em uma condição de alto prejuízo psicossocial e intenso sofrimento psíquico, há unidades disponíveis do Caps II no Plano Piloto e em Taguatinga, Riacho Fundo, Planaltina e Paranoá.
O horário de funcionamento é o comercial (das 7h às 18h), de segunda a sexta-feira. O tratamento inclui acompanhamento com equipe multiprofissional composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, equipe de enfermagem e assistentes sociais, que atuam com atendimentos individuais e em grupo.
Segundo o gerente do Caps II do Paranoá, Ricardo Oliveira, atualmente, a média de atendimentos e procedimentos é em torno de 800 a 900 por mês. Ele informa que a procura tem aumentado durante o período de isolamento social.
“Devido às restrições da pandemia, estamos sem condições de ofertar atendimentos em grupo, motivo pelo qual o número de atendimentos está aquém da rotina do serviço”, esclarece o gestor. Segundo ele, a equipe também tem ofertado, em caráter experimental, atendimentos on-line ou de forma híbrida.
Vulnerabilidade
Ricardo lembra que a pandemia dificultou a adesão do paciente ao tratamento e gerou sentimentos de angústia e incerteza. Além disso, questões relacionadas à vulnerabilidade social e à instabilidade agravaram quadros de adoecimento psíquico de pacientes assistidos pelo Caps.
“A pandemia atingiu diretamente a principal premissa do serviço, que é a ressocialização do paciente”, aponta. “A rotina de frequência e convivência diária do paciente foi diretamente prejudicada devido às restrições e ao distanciamento social ocasionado pela pandemia.”
O trabalho desenvolvido nas unidades do Caps abrange uma rede intersetorial. Como o foco é a saúde mental, são levados em consideração fatores como renda, família, moradia, medicação, entre outras questões importantes para a o tratamento.
O atendimento nas unidades do Caps é feito por meio de demanda espontânea ou encaminhamento da Rede de Saúde e Intersetorial. Para o primeiro atendimento, é indicado que o paciente esteja preferencialmente acompanhado por familiar ou responsável, levando documentos pessoais e cartão do SUS. Para a população em situação de rua, esses documentos não são necessários.