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22 nov 2024 03:29


Com avanço da vacinação, brasilienses devem ter mais segurança para as festas de fim de ano

Mais de 500 mil pessoas precisam tomar a primeira, a segunda ou a dose de reforço

O período de festas de fim de ano, com confraternizações, viagens e encontros familiares poderá ser mais seguro no Distrito Federal caso os brasilienses façam a sua parte e completem o ciclo de vacinação contra a covid-19. Para isso, a Secretaria de Saúde aposta nas ações do Dia D, marcado para este sábado (20). Das 9h às 17h equipes vão trabalhar em 28 locais públicos e unidades de saúde para vacinar o maior número possível de pessoas.

Os detalhes foram apresentados hoje durante coletiva de imprensa bem como os pontos de vacinação que funcionarão neste dia.

De acordo com o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, já há planejamentos para um eventual impacto do período de festas nos índices de covid-19 no Distrito Federal.

A Secretaria de Saúde acompanha diariamente os índices locais e também a evolução da pandemia em outras partes do mundo, como na Ásia e na Europa, onde tem havido um aumento de casos. Porém, a situação pode permanecer positiva aqui caso a imunização continue a avançar.

“O enfrentamento da pandemia está diretamente relacionado ao desempenho da nossa campanha de vacinação”, explicou o médico. “A grande estratégia é a vacinação, seja ela com qual marca for”, completou.

Mais de 500 mil precisam se vacinar

Até o momento, mais de 4,3 milhões de doses foram aplicadas no DF. O ritmo permanece elevado, com uma média superior a 13 mil por dia: foram 92,6 mil só na última semana. Porém, segundo a Secretaria de Saúde, até hoje, cerca de 254 mil pessoas acima dos 12 anos de idade não tomaram a primeira dose e outras 300 mil podem receber a segunda dose, mas ainda não procuraram uma unidade de saúde.

No Dia D também haverá a aplicação de dose de reforço para idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde que receberam a segunda dose há pelo menos seis meses. Imunossuprimidos graves que tomaram a segunda dose há pelo menos 28 dias também serão contemplados. Quem estiver com a segunda dose fora do prazo também poderá comparecer.

O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, aproveitou a coletiva para convocar toda a sociedade, incluindo a imprensa, para que o Dia D seja marcado por um elevado número de vacinas aplicadas e pelo maior esclarecimento da população. “Todos nós temos o objetivo de ampliar a cobertura vacinal”, afirmou. Segundo o gestor, hoje, 88% da população acima dos 12 anos de idade já tomaram a primeira dose e 72,23% receberam a segunda dose ou dose única, porém é necessário ampliar esses índices para aumentar a proteção contra a pandemia.

Prazo para a segunda dose

De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, é fundamental que cada pessoa observe o prazo para a sua segunda dose: 28 dias (4 semanas) após a primeira, no caso da CoronaVac; e de 56 dias (8 semanas) para as marcas AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech, independente da data prevista no cartão. Hoje, 18 de novembro, por exemplo, podem tomar a segunda dose quem recebeu a CoronaVac em 21 de outubro e quem tomou a AstraZeneca ou Pfizer em 23 de setembro. É o caso dos adolescentes de 13 anos de idade que tomaram a primeira dose a partir de 21 de setembro.

“Se nós conseguirmos trazer os jovens para a segunda dose, a gente pode chegar ao fim do ano com quase 80% de cobertura”, explicou Divino Valero. Ele lembrou ainda que, além do Dia D, a Secretaria de Saúde disponibiliza diariamente locais para vacinação. “Não deu para ir no sábado? Vá na segunda, vá na terça. Mas vá”, disse. A vacinação com a segunda dose pode ocorrer mesmo que a pessoa tenha perdido o prazo.

A lista de locais de vacinação é diariamente atualizada no site da Secretaria de Saúde.

Retomada de serviços de saúde

O aumento do número de pessoas vacinadas, a queda da ocupação dos leitos (hoje em 54,55% para leitos de UTI covid e 11% para leitos de suporte ventilatório) e a manutenção do índice de transmissão da doença abaixo de 1 (hoje em 0,70, o que indica desaceleração do número de contaminados) permitem agora que a Secretaria de Saúde reavalie o atendimento à população. “A gente tem a possibilidade de avançar em outras áreas que ficaram prejudicadas com a pandemia”, disse na coletiva o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno.

Cirurgias eletivas e áreas como odontologia devem receber maior atenção à medida em que a covid-19 faz menos pressão sobre a rede de saúde pública. Outro desafio, enfrentado em todo o mundo, é reaproximar pacientes que se afastaram durante o período de restrições de atendimento. “A população ficou distante dos serviços de saúde e descontinuou tratamentos”, explicou Fernando Erick Damasceno.

O secretário de Saúde, general Pafiadache, ressaltou os processos de aquisição de insumos para a rede pública e reforçou que o fechamento dos hospitais de campanha acontece com cautela, de acordo com a situação da covid-19 no DF. “Continuamos fazendo as análises, para se o caso, mudar a estratégia”, afirmou.

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