Deputados distritais ocuparam a tribuna na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira (3) para cobrar do GDF o pagamento de licenças-prêmio em dinheiro para professores que se aposentaram no ano passado. Segundo os deputados, o pagamento foi acertado entre os professores e o governo no acordo que terminou a última greve da categoria.
De acordo com o deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), o pagamento das licenças estava no item 9 do acordo e deveria ser feito até março deste ano. Mas agora o GDF alega que só pretende pagar as licenças de quem se aposentou até junho. O pagamento de quem se aposentou no segundo semestre ainda não tem previsão de acontecer.
Reginaldo Veras disse que participou pessoalmente das negociações que acabaram com a greve e que o governo não está cumprindo o que foi acertado. “Como professor e deputado comprometido com a educação, tenho trabalhado para que o governo cumpra o acordo e honre o compromisso firmado”, completou.
O deputado Prof. Israel (PV) também reforçou as cobranças ao GDF e destacou que os profissionais que dedicaram toda sua vida à educação não podem ficar sem receber seus benefícios.
Já o deputado Wasny de Roure, líder do PT, relatou encontro que teve com técnicos do governo para tratar do assunto e informou que o problema também afeta servidores da área de saúde. Segundo ele, o valor necessário para que o GDF pague todas as licenças-prêmio referentes ao segundo semestre de 2015 é de R$ 80 milhões.
Segundo Wasny, o GDF argumenta que só empenhou os valores para o pagamento das licenças do primeiro semestre e para pagar o restante do ano teria que utilizar recursos do Orçamento de 2016. O deputado demonstrou preocupação com o fato, pois segundo ele o Orçamento previsto para este ano já é insuficiente para pagar todas as licenças prêmios previstas. Ele sugeriu que a Câmara só aprove mudanças no Orçamento atual, depois que esta questão for resolvida.
Violência
O líder do PMDB, deputado Wellington Luiz, voltou a reclamar do crescimento da violência no DF. Para ele, o Estado está enfraquecido e as polícias sofrem com a falta de efetivo e de condições de trabalho. O deputado denunciou que os coletes salva-vidas do Detran estão vencidos há mais de três anos. Ele criticou ainda a burocracia do órgão na entrega de armas de choque para os servidores.
Fonte: CLDF