Para o deputado Wellington Luiz (PMDB), a morte de um policial militar provocada pelo capotamento da viatura que usava em perseguição a um carro roubado, ocorrida na semana passada, as mortes de quatro pessoas por falta de assistência medica na Upa de São Sebastião e as filas intermináveis filas dos pais nas portas das escolas em busca de uma vaga para os filhos, suscita uma indagação: Para onde está indo o dinheiro do Fundo Constitucional do Distrito Federal?
O governo só pode está desviando o dinheiro que deveria ser empregado na manutenção da Segurança Pública, conforme estabelece a Lei n.º 10.633, de 27 de dezembro de 2002, que instituiu o Fundo Constitucional do Distrito Federal”. Foi o que disse ao Radar o deputado distrital Wellington Luiz (PMDB).
Ele suspeita de que os quase 12 bilhões de reais que o GDF recebe da União, cujas parcelas caem até o dia cinco de cada mês, deve está pegando outro rumo e não o da organização e manutenção da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar como determina a lei.
“Basta olhar para a quantidade de viaturas quebradas nos pátios dos batalhões de Polícia Militar e para o desmonte da Polícia Civil para entender que a importante ajuda da União não está chegando integralmente ao seu destino”, disse o deputado. Para Wellington Luiz, sem manutenção, as viaturas da PM se tornaram as armadilhas ambulantes mais perigosas dos últimos tempos que tem levado à morte os militares que as conduzem como aconteceu com o Cabo Renato Fernandes durante uma perseguição a bandidos.
Ele aponta que o próprio governo não se indigna de verdade com o fato de seus próprios funcionários estarem morrendo por causa das péssimas condições que lhes são impostas. “Com que motivação um policial vai sair de casa para arriscar a própria vida sabendo que ele não é valorizado pelo governo?”, questiona o deputado que integra os quadros da Polícia Civil do Distrito Federal.
Outra observação feita pelo distrital é no que diz respeito ao dinheiro do FCDF o qual também serve para complementar os recursos do GDF na execução dos serviços públicos de Saúde e Educação, nos termos do inciso XIV do art. 21 da Constituição Federal.
Na visão do pemedebista, o discurso usado por Rollemberg durante 2015 e repetido agora em 2016, de que não consegue convocar os concursados da Polícia Civil e de não ter como realizar as promoções da Polícia Militar, sob a alegação de que não tem dinheiro para isso, não convence mais ninguém e poderá ser completamente desmontado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal que acolheu uma ação reclamatória impetrada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia Civil sobre o desvio dos recursos da Segurança Pública.
O distrital não tem dúvida de que Segurança Pública do DF, neste governo, não tem sido tratada com prioridade e que os números mostram claramente isso. Ele desconfia ainda que os recursos da Segurança Pública estejam sendo utilizados em outras áreas e que a ação movida pela categoria no TCDF tem o objetivo de impedir que o GDF continue desviando o dinheiro do Fundo Constitucional.
Pela ineficiência demonstrada pelo Governo de Brasília, Wellington Luiz prevê 2016, como um ano extramente difícil para a população do Distrito Federal. Ele aponta que há um crescimento vegetativo da folha de pagamento e que falta criatividade e vontade para que este governo resolva os problemas da sociedade.
“A população não pode continuar refém de uma má gestão e sofrendo com os graves problemas na Segurança, Educado e na Saúde. O Estado está fragilizado e os criminosos se apoderando, tendo mais força do que o poder de Polícia do Estado. Isso pode resultar em mortes de mais policiais, assaltos e assassinatos de cidadãos desprotegidos e a intimidação ao Estado”, disse o distrital.
Wellington Luiz afirmou ao Radar que o Governo de Brasília possui uma equipe que governa no gerúndio para a desculpa da ineficiência e tentando fazer a população acreditar que está fazendo de tudo para arrumar a Casa. “A sociedade já não suporta mais tamanha enganação. Na verdade estamos diante de um governo atrapalhado e emperrado na burocracia que faz grupo de trabalho pra tudo, até para tentar discutir os sexos dos anjos, mas não consegue executar absolutamente nada”, criticou.
Por fim, o distrital disse que Rollemberg fica o tempo todo reclamando da falta de dinheiro e, no entanto, perde recursos importantes como ocorreu no ano passado quando teve que devolver 8 milhões de reais do Fundo Constitucional porque não sabia com empregar o dinheiro para tirar a Segurança Pública do sucateamento. “Isso é má gestão e quem sofre é o povo”.
Fonte: Radar Condomínios