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22 nov 2024 01:33


Policiais civis do DF decidem suspender parte do serviço em fevereiro

A categoria de policiais civis pressiona o governador do Distrito Federal para dar mais agilidade ao reajuste salarial reivindicado

Em campanha para pressionar o governador Ibaneis Rocha (MDB) a agilizar o reajuste salarial da categoria, policiais civis do Distrito Federal vão suspender parte do serviço nas unidades da corporação durante todo o mês de fevereiro de 2022.

Em novembro de 2021, os servidores anunciaram a paralisação do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) por quatro dias. Mas a categoria decidiu, em assembleia do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) realizada nesta segunda-feira (3/1), ampliar a suspensão para todo o mês.

O SVG foi criado durante o governo de Ibaneis para ampliar o atendimento nas unidades da Polícia Civil do DF (PCDF) e garantir que as delegacias abrissem 24 horas. Segundo o Sinpol-DF, na prática, a suspensão da gratificação “significa que haverá uma paralisação no atendimento das delegacias”.

“Atualmente, as delegacias só funcionam em horário integral, ou seja, por 24 horas, graças ao SVG, implantado pelo governador logo no início do mandato”, disse.

Durante a assembleia, os policiais civis também aprovaram o indicativo de entrega de cargos de chefia de unidades da corporação. Eles também ameaçam deflagrar a Operação PCDF Legal, o que diminuiria o ritmo de trabalho na corporação.

Presidente do Sinpol-DF, Alex Galvão disse que o sindicato participou de reuniões com a equipe econômica do GDF, “mas os números levantados no orçamento não atendem ao que almejamos”.

Além de aumento salarial, os policiais reivindicam regulamentação do plano de saúde da PCDF e a complementação do auxílio-alimentação.

O outro lado

Na entrevista concedida ao Metrópoles na qual fez um balanço dos três anos de mandato e falou das expectativas para 2022, Ibaneis afirmou que sua equipe faz os cálculos para conceder o reajuste aos policiais.

O tema será discutido em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já que os policiais são pagos com recursos da União, por meio do Fundo Constitucional do DF.

“Nós estamos vendo a folga que temos dentro do Fundo Constitucional sem avançar dentro dos percentuais da saúde e da educação para que a gente possa, em negociação com a Presidência da República, ver até quanto nós conseguimos levar esse reajuste. Existe intenção. É uma categoria que durante vários anos ficou sem recomposição salarial”, disse Ibaneis.

Veja o trecho da entrevista em que Ibaneis Rocha fala de reajuste salarial de servidores:

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