Nesta quarta-feira (5), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal foi notificada sobre 26 casos de coinfecção de influenza e covid-19 de exames coletados em laboratórios particulares. Não há informação de qual é a subtipagem do vírus influenza e esses casos não estão registrados no sistema que capta hospitalizações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), portanto, não há registro de internação dos infectados.
A pasta ressalta que durante os períodos de maior sazonalidade, quando há maior propagação de diversos vírus respiratórios, podem ocorrer coinfecções. Por isso, é necessário que a população continue adotando as medidas de etiqueta respiratória, como o uso de máscara, respeitar o distanciamento, higienizar as mãos, evitar aglomerações e locais fechados.
“A vacinação contra a influenza foi liberada para toda a população desde julho do ano passado, porque a procura dos grupos prioritários foi abaixo da meta. Mesmo assim, a busca permaneceu baixa e, sem a devida proteção coletiva, aumenta as chances da propagação dos vírus”, alerta o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos.
A orientação é que as pessoas que apresentem sintomas gripais devem realizar primeiro o teste para covid-19. Caso seja negativo, deve seguir com as medidas de etiqueta respiratórias indicadas acima.
“Não se preconiza testagem de influenza na Atenção Primária à Saúde, pois a identificação do sorotipo viral não é necessária para que seja iniciado o plano terapêutico e não muda a conduta clínica, que permanece a mesma para todos os casos de síndrome gripal sem complicação”, explica a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall.
A vigilância da influenza no Brasil e no Distrito Federal ocorre por meio do exame Rtq-PCR de secreção de swab nasofaríngeo para pesquisa do vírus, realizado em unidades sentinelas de Síndrome Gripal (SG) e nos casos hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que devem ser notificados no Sivep-Gripe.
“Os casos de notificação obrigatória no sistema de monitoramento de vírus respiratórios são de pessoas que precisaram de internação ou que tiveram suas amostras coletadas nas unidades sentinela. Na rede pública não há teste PCR para a detecção de coinfecções”, destaca Fabiano.