Mas governo exige reposição de dias parados
Por Kleber Karpov
Em reunião com o secretário da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Fábio Gondim e com a subsecretária de subsecretária de Gestão de Pessoas da Secretaria de Saúde, Flavia Cáritas, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), anunciou, na manhã desta quarta-feira (24/Fev), o abono do ponto referente aos dias parados dos servidores da Saúde, durante a greve em 2015. Nesse caso todos os trabalhadores que participaram do movimento paredista terão o ponto abonado, inclusive os médicos.
De acordo com publicação do Agência Brasília (24/Fev): “Para o período da publicação do Decreto nº 36.850, de 28 de outubro de 2015 — que estabeleceu o corte de ponto dos funcionários — até o encerramento das paralisações, o abono ocorrerá mediante a reposição dos dias parados, de acordo com a necessidade de serviço, no prazo máximo de seis meses a partir de hoje. O salário dos médicos que tiveram o ponto cortado e ficaram sem receber será reposto.”.
Após o anúncio, Gondim publicou comunicado na tarde desta quarta-feira (24/Fev), em que informa o abono dos dias parados.
Na última semana
Na última semana o vice-governador do DF, Renato Santana (PSD), se reuniu com a diretoria do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem, para pedir a intercessão de Santana junto à SES-DF, para evitar que ocorresse o lançamento de faltas para os servidores, isso por causa do fechamento automático do sistema do ponto eletrônico (Forponto), que ocorreu na sexta-feira (19/Fev).
O pedido foi atendido por Santana. Com isso os trabalhadores ganharam um ‘tempo’ até que o GDF confirmasse ou não o abono do ponto, que estava em negociação entre os representantes das entidades sindicais ligadas à Saúde do DF com o Grupo de Trabalho, constituído pelo GDF.
Sindicato dos Médicos
Ao Política Distrital o presidente do Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico), Gutemberg Fialho, explicou que o Sindicato havia requerido o abono de ponto ao GDF e que constituiria “tratamento discriminatório e desigual, o governador deixar de abonar o ponto de quaisquer das categorias”.
De acordo com Fialho, todos os sindicatos ligados à Saúde, constituem a Mesa Permanente de Negociação do SUS e entre as contrapropostas apresentadas por parte das entidades sindicais ao GDF está o abono dos dias de greve de “todas as categorias profissionais da Secretaria de Saúde do DF”.
Paralisação
Servidores da Saúde pararam as atividades em 8 de outubro, ao lado de outras categorias do serviço público do Distrito Federal. No dia seguinte, em decisão liminar, a Justiça decretou a ilegalidade do movimento e pediu retorno imediato ao serviço. Em 9 de novembro, por unanimidade, a Justiça negou os recursos apresentados pela categoria e manteve a decisão que decretou a ilegalidade da paralisação.
Após definir
De acordo com a Agência Brasília, após a definir o abono, Rollemberg anunciou “em seguida para a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), Marli Rodrigues.”.
Atualmente o SindSaúde, oficialmente, representa cerca de 100 categorias entre técnicos administrativos e Auxiliar Operacional de Serviços Diversos (AOSDs). Dados da SES-DF de janeiro apontam que a entidade representa 2.071 servidores ativos, 2.419 inativos (aposentados) e 43 pensionistas, totalizando 4.433 servidores.
Respeito
Ao Política Distrital, Gondim afirmou que Rollemberg demonstra respeito à atividade sindical: “Ao abonar o ponto, o Governador dá uma demonstração não só de respeito ao papel desempenhado pelas entidades sindicais que naturalmente se mobilizam para defender os interesses dos servidores.”.
Com informações de Agência Brasília