Ao longo do ano, o calendário traz diversas datas para sensibilizar e conscientizar sobre a prevenção de doenças. Em 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, é a vez de voltar os olhos para essa enfermidade transmissível e causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.
Em 2021, a Secretaria de Saúde notificou 319 casos novos da enfermidade no Distrito Federal. A incidência é de 10,5 casos por 100 mil habitantes. Para auxiliar na identificação dos casos, a pasta implementa, nas regiões de saúde, o Plano de Enfrentamento à Tuberculose.
“Já podemos observar como parte do resultado dessa implementação aumento de 4,4% na detecção de casos de tuberculose nas unidades básicas de saúde, em 2021, em comparação ao ano anterior”, informa a enfermeira da área técnica de tuberculose da Gerência de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Françoise Vieira Barbosa. O documento foi elaborado em consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde.
A transmissão da bactéria que provoca a doença ocorre por via aérea, quando a pessoa infectada tosse, espirra ou fala. A tosse por três semanas ou mais é um dos principais sintomas, mas outros também podem estar presentes: febre geralmente no fim da tarde, sudorese noturna e emagrecimento.
“A tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos do corpo, sendo que pessoas com sistema imunológico enfraquecido possuem um risco maior de adoecer ”, destaca a enfermeira.
Tratamento
A rede pública da saúde oferece tratamento para a doença. Ao notar algum sintoma característico, a orientação é procurar a UBS mais próxima de casa. “As pessoas ainda morrem acometidas por essa doença, porém ao iniciar e completar o tratamento, que tem duração de seis meses, é possível alcançar a cura e interromper a cadeia de transmissão”, alerta a enfermeira que também faz parte da área técnica de tuberculose, Lindivânia Brandão Bispo.
A pessoa que apresentar tosse há três semanas ou mais deve procurar a Unidade Básica de Saúde para coletar o escarro. Se o resultado for positivo para a enfermidade, é iniciado o tratamento, com duração de seis meses. Importante ressaltar que a eficácia depende da continuidade do procedimento terapêutico, uma vez que o abandono pode gerar resistência do organismo aos remédios utilizados”, observa Lindivânia.
O Distrito Federal conta ainda com o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), antigo Hospital Dia, como referência para os casos de maior complexidade, como drogarresistência, quando as bactérias se tornam resistentes ao remédio. Nessa situação, o paciente deve ser encaminhado para o serviço. “Quando o caso demandar, o acompanhamento deve ser feito na atenção secundária e terciária”, indica a Lindivânia.
Prevenção
A detecção precoce dos casos suspeitos e o tratamento adequado dos confirmados, para evitar a transmissão e propagação da enfermidade, estão entre as principais medidas de prevenção. “Além disso, a vacina BCG oferece proteção contra as formas mais graves da doença ”, reforça Françoise Vieira Barbosa.
Diretrizes
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